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Aumentam os casos de leishmaniose em cães de CG

Aumentaram os casos de leishmaniose em cães em Campina Grande e essa elevação está causando preocupação nos órgãos municipais de vigilância ambiental do município que está fazendo alerta junto a população. Conforme dados da Secretaria de Saúde da cidade, nos primeiros seis meses do ano, 89 animais foram diagnosticados com a doença. No mesmo período do ano passado, 82 cães foram constatados com o problema. Segundo dados do Centro de Zoonoses, Campina Grande tem hoje mais de 42 mil cachorros. Mesmo sendo um aumento leve, o órgão informou que causa apreensão, diante da grande quantidade de cachorros.

Os casos da doença, que é mais conhecida como calazar, foram detectados em animais que predominantemente circulam pelos bairros do Monte Castelo, José Pinheiro, Vila Castelo Branco e Jardim Tavares. “São localidades que ficam perto da zona rural e que geralmente contam com um alto número de cachorros. Nossa equipe tem feito vistoria constantemente para averiguar os animais desses locais”, declarou o gerente de Vigilância Ambiental, Hércules Lafite.

Ele explicou que pela norma do Ministério da Saúde, a equipe do Centro de Zoonoses tem a meta de fazer 1,2 mil visitas anualmente, principalmente em áreas periféricas, para verificar as condições de saúde dos cachorros da cidade e o ambiente. “Os cães que as equipes conseguem detectar sintomas da doença, são levados ao Centro de Zoonoses por seus donos, para realização um exame de sangue”, explicou. Quando dá positivo para a doença, o proprietário é convocado a assinar um termo de responsabilidade se comprometendo a fazer todo o tratamento em casa, monitorar e passar informações ao órgão.

Mas quando não há esse envolvimento do dono do cão, o Centro de Zoonoses é obrigado a retê-lo no local. “Ele fica em isolamento total e se a doença tiver em estado avançado, o animal pode passar por eutanásia para evitar um sofrimento maior, proteger outros animais e a própria população”, disse Lafite, acrescentando que dos 89 casos, em nenhum foi preciso sacrificar o cachorro. “Todos foram levados para casa e estão em tratamento”, afirmou.

A Secretaria informou que não há registros de leishmaniose humana. Para tentar conscientizar a população sobre os riscos e cuidados que devem ser tomados, o órgão tem feito campanha repassando orientações sobre a doença. Os locais onde os cães foram encontrados estão passando por monitoramento constante.

Lafite ressaltou que alguns dos sintomas apresentados pelos pets são a perda de peso, falta de apetite, apatia, debilidade, feridas que não cicatrizam, feridas nas bordas das orelhas, lesões oculares e falta de pelo em torno dos olhos.

O veterinário Antonio Guedes Balduíno afirmou que a leishmaniose ou calazar é proveniente de uma infecção parasitária e que pode afetar o cão de todas as idades, atacando o seu sistema imunológico. Ele explicou que muitas vezes a doença é silenciosa, não tem cura, porém, o tratamento adequado, reduz o sofrimento do animal proporcionando uma vida quase que normal. “O importante é que o dono do pet esteja atento aos primeiros sintomas e caso desconfie que seu animal está doente, procure o mais rápido possível, um especialista”, frisou.

Ele lembrou que a leishmaniose é uma doença contagiosa por que ela “não se propaga através do contato direto de uma pessoa para outra, nem entre animais. Também está descartado a contaminação de cães para pessoas. O parasita só é transmitido através da picada do mosquito palha que anteriormente tenha sugado o sangue de um animal contaminado”, explicou.

A Vigilância Ambiental do Município disponibilizou um contato telefônico para as pessoas entrarem em contato, caso percebam algum cão com a doença ou suspeita de calazar. O número 83 3310 7062 é do Centro de Zoonoses e está a disposição para acionamento da equipe do órgão e orientações.

TRANSCRITO DO JORNAL A UNIÃO 

FOTO: reprodução/site da Fapesq

 

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