Bayeux não tem jeito: município virou sinônimo de corrupção e palco da indigência política
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa).
Ruy Barbosa nunca esteve tão em sintonia tão em consonância com a realidade humana quando recordamos essa citação inspirada do magistral baiano e nos deparamos com o ambiente político de Bayeux: um pequeno laboratório, um micro universo do que significa a política neste país, onde as nulidades prosperam de forma avassaladora transformando o município numa referencia do que existe de mais devastador e promiscuo do ponto de vista do acinte à moralidade.
Bayeux transformou-se num grande lixão de dejetos morais, onde a virtude saiu nas carreiras para escapar da poluição que os hábitos e costumes deprimentes imprimiram ao seu cotidiano.
A pouca vergonha instalou-se na cidade e a criminalidade adquiriu contornos de banalidade e qualquer infrator pode se arvorar de homem público e arrotar asneiras em forma de soluções para os graves problemas do município.
Quando se pensava que a prisão de um prefeito, em flagrante, extorquindo a irrisória quantia de quatro mil reais de um comerciante seria o ápice dessa trajetória de desmandos e vergonha, eis que as eleições municipais confirmam que muita coisa está por acontecer diante do resultado, onde uma candidata conduzida, monitorada, manietada e submetida ao ex-prefeito corrupto repõe a corrupção.
Mais uma vez instalada pelo voto no comando da cidade, a corrupção continua agindo e parentes eleitos do prefeito banido pela desonra de ser acusado de ladrão, usando os mesmos recursos e estratégias, empanturram a folha de pagamento com apaniguados do esquema cujo chefe foi preso com dinheiro na cueca.
Pelo visto e pelo eleitor que tem Bayeux não tem jeito e seria um caso perdido, uma constatação que a indigência moral fez moradia e não pretende mudar-se enquanto as urnas ditarem os rumos do seu triste destino e o eleitor mais corrupto do país continuar escolhendo os seus mandatários, confirmando a máxima do Barão de Itararé: “ Se há um idiota no poder, os que o elegeram estão bem representados”.
E ninguém está mais bem representado do que o povo de Bayeux em termos de mediocridade e promiscuidade moral. Esse eleitor desperdiçou nestas eleições passadas, ótimas alternativas de mudança e de escolher pessoas de bem e de comprovada idoneidade para dirigir os seus destinos.
Mas, a votação que esses candidatos, comprovadamente íntegros receberam, seria a confirmação da vocação para a pobreza moral do eleitor deste decadente município.
De mal a pior
Mas como nem tudo é tão ruim que não possa piorar, um programa de rádio condizente com a imoralidade reinante, anuncia em tom de circo mambembe – cuja lona rasgou por efeito da poluição ambiental – , como atração de sua deprimente programação, um autêntico e legítimo representante deste mundo de devassidão, conhecido como contraventor e que, a qualquer momento pode ser recolhido pelas autoridades para responder e esclarecer seu papel na contravenção.
E, brevemente com vocês, eleitor decadente de Bayeux, Zezito da Banca, bicheiro e contraventor, cuja atividade tenebrosa pode esconder entre outras coisas lavagem de dinheiro como suspeita o Ministério Público ao definir o Jogo do Bicho e de onde Zezito bota banca e paga uma gente tão deplorável quanto ele para anunciar o futuro de Bayeux e se promover candidato a prefeito.
Uma tragédia sem fim. Cadê as autoridades deste Estado de penúria?