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Bayeux, uma cidade entregue à bandalheira da política

Bayeux, uma cidade entregue à bandalheira da política

Os Estados Unidos no período da grande recessão econômica, que jogou o país num dos piores momentos de sua história e deu ênfase a criminalidade em consequência da desestabilização social, onde a miséria habitou boa parte dos lares americanos, também abriu as cortinas desse tragédia social banhada a sangue, lágrimas e suor, para certas celebridades que protagonizaram episódios que o cinema procurou reproduzir em filmes, que renderam bilheterias milionárias, consagrando personagens como Al Capone e o casal Bonni e Cleyde, os principais atores da época dos Inimigos Públicos.

O casal deu um toque de romantismo trágico ao crime americano

Envolvidos numa aura de violência e ousadia a vida desses personagens ganharam um certo toque de romantismo, uma pitada de contestação ao convencional, que atraiu a simpatia de muita gente e os transformou em heróis bizarros.

De tanto se falar de tanto se reproduzir as façanhas dessas figuras – transtornadas pelo ódio e pela violência, elas conquistaram um espaço nas recordações de muitas gerações.

Até hoje influenciam o mundo do crime nos mais diversos recantos do planeta.

Chicago, palco das ações dos gângsteres, virou sinônimo de capital mundial do crime e jamais perdeu essa condição, ameaçada agora por uma pequena cidade paraibana, localizada na região metropolitana da capital, onde o universo denso da Chicago do início do século passado parece ter impregnado sua atmosfera.

Bayeux também tem a sua versão criminosa

Bayeux consegue ter até personagens que lembram bem a criminalidade das principais estrelas desse universo de violências e baixarias. Al Capone e o casal Bonni e Cleyde são bem representados pelas réplicas de Bayeux.

Ao estilo dos Inimigos Públicos da década de 30 do século 20, essas miniaturas provincianas de criminosos célebres vão conquistando espaço e influenciando na vida da pequena cidade, entranhadas na política, onde os escrúpulos foram chutados para o mangue e as alternativas mais honradas desdenhadas pelo eleitor destituído do senso de dignidade e atraído pelo canto da sereia dessa corja em expansão.

A versão do Poderoso Chefão de Bayeux de vermelho

Bicheiros, contraventores, ladrões, falsários, pistoleiros, picaretas de toda espécie se aventuram em campanhas políticas, bancadas por dinheiro de origem suspeita e duvidosa, apossando-se do Poder público numa réplica do que acontecia no mundo do crime organizado americano, com a cumplicidade e a complacência do eleitor arrastado para essa espiral de indecências por vantagens que mal cobrem suas necessidades de subsistência num ciclo vicioso que transforma Bayeux na mais bem acabada redoma da corrupção.

O exemplo melhor acabado desse universo de imoralidades, patrocinado pela conivência cretina de um eleitor destituído de escrúpulos, seria as últimas eleições, onde o eleitor de Bayeux esmerou-se na escolha e entronizou pelo voto a mais legitima representante dessa matilha que devora o patrimônio público com incontida voracidade.

Não manda em nada

Manipulada, manietada, submetida aos esquemas mais solertes, a prefeita não reage as imposições e a contravenção governa Bayeux de forma despótica e nada esclarecida tirando e botando ao seu bel prazer.

A cidade está entregue ao que existe de mais deletério e o prefeito de fato governa o município sentado numa banca de bicho de onde despacha e pavimenta sua caminhada para a prefeitura no melhor estilo Poderoso Chefão turbinado por uma complacência inexplicável e intolerável das autoridades constituídas.

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