Bica oferece curso de contenção e manejo de animais selvagens a grupos ambientais de Alagoas
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), administrado pela Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam), encerrou, nesta quarta-feira (18), o curso de contenção e manejo de animais de fauna nativa e exótica ofertado ao Batalhão da Polícia Ambiental de Maceió e ao Grupo SOS Caatinga, também de Alagoas.
Vinte pessoas participaram do curso, que teve duração de dois dias e foi composto por aulas teóricas e práticas de contenção e manejo de répteis, mamíferos e aves. A capacitação tem como base garantir a segurança do animal e do profissional, abordando importantes pontos como noções de anatomia, características específicas das espécies resgatadas e tipos de equipamentos necessários nesse trabalho.
O chefe do setor de zoológico do Parque, Thiago Nery, destaca que o Parque é como uma grande sala de aula, sendo este um dos pilares dos zoológicos. “Esses cursos visam uma captura de forma a salvar o animal, tirá-lo da zona de risco, como também resguardar a população. É importantíssimo que o resgate seja feito por profissionais treinados, para que possa garantir a segurança dele e do próprio animal, minimizando o estresse do animal e otimizando o serviço”, afirmou.
Segundo Marcos Araújo, presidente do Grupo SOS Caatinga de Alagoas, a busca pelo curso se deu por estar sendo construído o primeiro Parque de Estudo Científico em Alagoas, mais precisamente no Sertão, na cidade São José das Taperas. “A gente precisava fazer um curso de manejo, principalmente com mamíferos. O curso está sendo formidável, uma experiência ímpar. Thiago explica muito bem e nós vamos sair daqui com um pensamento totalmente diferente em relação a resgate desses animais. Agradecemos e parabenizamos João Pessoa em ter um zoológico como este e com pessoas qualificadas como as que aqui estão”, afirmou.
A 1ª tenente Mariana, da Polícia Militar de Alagoas, participou do curso. Ela ressaltou que o interesse pelo curso surgiu devido à alta demanda no Estado, à falta de experiência da tropa, que ao longo dos últimos meses tem sido renovada, e também devido à ocorrência de perdas de animais por episódios de estresse de captura.
“Temos uma rotina na captura desses animais, mas não temos como concentrar todos no mesmo ambiente para poder fazer o treinamento nessa proporção. Os profissionais daqui são excelentes, além de saber muito da prática de contenção. Eles sabem muito da parte teórica, que é importante para a questão do uso adequado de materiais, questão de maus tratos E fisiologia dos animais. Precisávamos realmente desse tipo de conhecimento para podermos evitar erros”, comentou.