Briga de foice entre João e as forças que apoiam o crime organizado; informação e contrainformação varrem as redes sociais.
A guerra intestina entre as facções do que já foi o PSB, ganha intensidade aproximando-se da chacina moral onde reputações são trucidadas ao sabor das paixões e dos interesses, os mais subalternos e abjetos. Nessa batalha sem quartel e sem bandeira envolvem-se deputados, procuradores, secretários e até o governador.
Um núcleo denominado Resistência RC manifesta-se numa acintosa defesa de alguém que hoje já está comprovadamente identificado como criminoso.
Sublinhado como perigoso pelas autoridades constituídas – e líder de uma quadrilha que indiscutivelmente assaltou o estado, apesar de todo esse prontuário de indignidades ainda encontra apoio e resistência numa demonstração de que, os valores morais e os códigos penais foram jogados na latrina e não servem mais para nortear quem devia se guiar por eles, em razão dos cargos que ocupam.
Quando um bandido, seja ele quem for cujas gravações reproduzem sua voz conduzindo negociações criminosas, comemorando a partilha do dinheiro roubado ao povo, recebe apoio ostensivo de procuradores, deputados, professores, e jornalistas, não se sabe mais para quem apelar ou aonde se vai parar.
O que a manifestação ofensiva à decência comprova é que o delinquente Ricardo Coutinho, assim chamado pelo Procurador Geral da República, Humberto Jacques, continua influindo e acionando ao seu favor forças representativas dentro da sociedade como pode ser constatado pelos que integram a Resistência RC despudoradamente alinhados na resistência em defesa do crime a não ser que, tudo que foi reunido contra o chefe seja calúnia, infâmia e injúria.
Só essa conversa nada republicana nas redes sociais já seria suficiente para demonstrar o grau de resistência do crime organizado dentro do Estado infiltrado em segmentos expressivos, contando com o apoio de envolvidos nos crimes tenebrosos, cometidos pelo poderoso chefão, e que deviam estar encarcerados se não fosse à cumplicidade escandalosa de parlamentares muitos também suspeitos, confirmando o que foi constatado pelo Gaeco sobre a captura do estado por essa organização criminosa.
É estarrecedor o teor da conversa que deve ser observada com muita atenção já que o procurador chefe da Operação Calvário, Otávio Paulo Neto, é citado de forma insinuante aparentemente sendo manipulado ou conduzido pelos cordões do crime organizado.
O teor da armação divulgada apenas no espaço do “professor” – como saliente um das envolvidas e citadas como proeminente na quadrilha – teria o objetivo de direcionar o promotor para outros fatos, de preferência aqueles que atingiriam desafetos do criminoso maior em risco de ser reconduzido às grades caso a Justiça não venha ser distorcida como foi pelo habeas corpus do ministro Napoleão Maia.
O vazamento de conversas tão funestas e sórdidas demonstra a intensidade da guerra de informação e contrainformação que, pelo visto não tem mais controle nem coordenação sendo cada um por si na iniciativa de detonar, amedrontar, destroçar, humilhar, infligir, confundir, embaralhar e influir na vida do estado.
Não se concebe que conversas reservadas do governador sejam monitoradas e expostas ao conhecimento público numa clara e indiscutível comprovação de que, arapongas estão em alta e em plena atividade provavelmente servindo a dois senhores, naquela de agente duplo plantado nos dois lados do conflito.
O mundo sombrio da espionagem clandestina está em alta nesse momento aparentemente sem controle haja vista as ações autônomas que estão sendo tomadas por subalternos, completamente desvinculadas dos superiores, e, em alguns casos, atendendo interesses personalíssimos.
Dessas escaramuças fica evidente que o governador esta sendo monitorado dentro de casa e do palácio por gente muito próxima a ele e que já foram denunciadas em outras oportunidades, mas estranhamente sobrevivem as enxurradas de evidencias.
Esse tipo de vazamento não pode ocorrer sem a participação do mundo sombrio da espionagem clandestina e percebe-se claramente que os dois lados em conflito estão sendo abastecidos pela mesma fonte.
Pelo teor da resistência – e pelo quilate do calibre – composta de gente graúda, que integrou o esquema no passado, não há mais que duvidar do que foi constado pelas investigações: o Estado está capturado.