Buega Gadelha é alvo de denúncias na 2ª Vara Criminal de Campina Grande
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, Francisco de Assis Benevides Gadelha, está sendo alvo de duas denúncias apresentadas à 2ª Vara Criminal de Campina Grande pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, segundo divulgação da coluna Pleno Poder, do Jornal da Paraíba. As denúncias são relativas à Operação Cifrão, deflagrada em julho de 2020 para apurar fraudes na contratação de construtoras para execução de obras do Sistema S na Paraíba. A operação, que contou com atuação da Polícia Federal, também investigou superfaturamento e ligações entre as empresas contratadas e dirigentes da Fiep. A Federação ainda não forneceu explicações à imprensa sobre esses casos.
Uma das ações denuncia Buega, como o presidente da Fiep é conhecido, além do empresário Waldeberto Leite de Oliveira, Catarina Rocha Bernardino de Oliveira, Francisco Petrônio Dantas Gadelha e Kelline Muniz Vieira. A ação faz referência à contratação da Construtora Absolute. O empreendimento foi contratado por R$ 3,7 milhões pelo Sesi.
“Assim, a licitação sob a modalidade Concorrência nº 006/2016 realizada pelo SESI/DR/PB foi edificada com base em condutas vedadas, superfaturamento e desrespeito as formalidades legais, atestando clarividente direcionamento da licitação e vultoso superfaturamento que onerou os cofres da entidade em quase R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), contando com a liderança de FRANCISCO DE ASSIS GADELHA, tratando de dificultar, ilegalmente, a competitividade do procedimento licitatório, através da exigência de vultosa garantia pecuniária para participação no certame, além da ilícita omissão na fiscalização das obras, garantindo a locupletação da quantia desviada através dos diversos superfaturamentos denunciados”, dizem os promotores na denúncia.
Na outra ação são denunciados pelo Gaeco o presidente da Fiep, Buega Gadelha, o empresário Alaor Fiuza Filho, Chenia Maia Camelo Brito, Francisco Petrônio Dantas Gadelha, Janildo Sales Figueiredo, e Carlos Estevam de Souza Galvão.
O caso relata indícios de fraudes na contratação da construtora Roma. O empreendimento foi contratado à epoca por R$ 2,8 milhões para execução de obras de construção e reforma dos Centros de Atividades do SESI. Conforme a CGU, foi exigida como garantia um aporte de 5% (cinco por cento) do valor orçado, o que teria afastado as empresas que não dispunham de R$ 141 mil para depositar.