Política

Cabo Gilberto pede para ser incluído como autor do PL do Aborto Infantil, diz Sóstenes Cavalcante

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), autor do PL que equipara aborto a assassinato mesmo em casos de aborto, afirmou, pelas redes sociais, que 14 deputados —todos homens— pediram para ser incluídos como autores da proposta. Entre eles está o deputado bolsonarista paraibano Cabo Gilberto Silva (PL).

Além dele, teriam pedido para ser incluídos como autores os deputados Mauricio Marcon (Podemos-RS), Sargento Fahur (PSD-PR), Sargento Gonçalves (PL-RN), General Girão (PL-RN), Zé Trovão (PL-SC), Delegado Fabio Costa (PP-AL), Coronel Assis (União Brasil-MT), Marcos Pollon (PL-MS), Pastor Diniz (União Brasil-RR), Messias Donato (Republicanos-ES), André Fernandes (PL-CE), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Gustavo Gayer (PL-GO). Esses pedidos ainda não entraram no sistema da Câmara dos Deputados.

RETIROU ASSINATURA

A deputada federal evangélica Renilce Nicodemos (MDB-PA) apresentou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara para que a sua assinatura fosse retirada do projeto de lei Antiaborto por Estupro. De autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ex-presidente da bancada evangélica, a proposição foi assinada por 32 parlamentares, dos quais 12 são mulheres.

Renilce é evangélica e integra a bancada evangélica da Câmara. Ela diz à Folha que é contra o aborto, exceto nos casos previstos em lei. A deputada afirma que após analisar o projeto em questão, percebeu que ele não está “de acordo com o meu pensar e a forma com a qual eu defendo crianças e mulheres”.

A deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA)
A deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA)

“Antes eu tinha entendido que era um projeto que daria benefícios e proteção às mulheres. Mas fui me aprofundar e vi que no texto tem uns parágrafos que diz que a mulher terá pena maior do que o próprio estuprador. Preferi fazer a retirada da assinatura porque tenho certeza absoluta que esse projeto não irá favorecer nem as mulheres nem as nossas crianças, somente esses agressores e estupradores. Sou contra o projeto”, diz ela.

A deputada foi sondada para ser relatora do texto, mas não aceitou. O documento, disponibilizado no sistema da Câmara nesta segunda-feira (17), foi protocolado pela deputada na semana passada.

Redação, com Folha/UOL

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