Cai número de casos de meningite na PB se comparados ao mesmo período do ano passado
A Paraíba registrou, até o último sábado (11), 17 casos confirmados de meningite, uma redução de 41% em relação às 19 primeiras semanas epidemiológicas de 2023, quando foram confirmadas 29 ocorrências da infecção. Os
dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgados, ontem, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs). O número de mortes decorrentes da doença também caiu, com a confirmação de dois óbitos até o começo de maio, além de quatro casos sob investigação. No mesmo período do ano passado, foram registrados oito óbitos.
Na última sexta-feira (10), uma adolescente de 12 anos faleceu com quadro suspeito da infecção. Ela estava internada no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, e a causa da morte ainda será confirmada por meio de exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do estado (Lacen-PB).
A chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis da Gevs, Fernanda Vieira, ressalva, por isso, que o número de infecções e óbitos confirmados neste ano pode crescer. Ao todo, a secretaria registrou 51 notificações
de suspeita de meningite nas 19 primeiras semanas epidemiológicas de 2024. Além dos casos positivados, houve 15 descartes, e 19 pacientes seguem sob investigação. No ano passado, apesar do maior registro de confirmações, o número de casos suspeitos da infecção foi o mesmo: 51. Porém, foram descartadas 21 ocorrências, e havia uma paciente cujo quadro estava sendo examinado.
De acordo com os dados divulgados pela SES, cinco casos de meningite foram confirmados em João Pessoa, dois em Sapé e um em cada um dos seguintes municípios: Alagoa Grande, Campina Grande, Esperança, Guarabira, Igaracy, Mogeiro, Santa Rita e Soledade.
Já os dois óbitos pela doença ocorreram em Alhandra e Cabaceiras. Para Fernanda, a situação na Paraíba corresponde ao cenário previsto pela Gevs para esta época do ano: “Esses casos não têm correlação um com o outro, então, não há uma configuração de surto. São isolados e esperados dentro da curva epidemiológica”.
Texto de João Pedro Ramalho para o Jornal A União desta terça-feira, 14/5
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