Candidatos ressuscitam casos já superados para comprometer adversários na campanha eleitoral
Campanha não é carnaval, onde “vale tudo”. A Justiça Eleitoral tem se esforçado para desmotivar fake news, mas elas sempre acontecem. Notícias antigas de casos de supostas irregularidades, que ganharam manchetes de jornais, envolvendo adversários políticos, mesmo já superados ou arquivados, estão sendo resgatados por alguns candidatos nestas eleições para confundir a opinião dos eleitores.
A juíza da 10ª Zona Eleitoral de Guarabira, Andressa Torquato Silva, deu 24h, para que o candidato a prefeito Raniery Paulino (Republicanos) retire de suas redes sociais e de um portal de notícias publicação contendo informações consideradas inverídicas contra o candidato a vice-prefeito Raimundo Macedo (MDB), companheiro de chapa da candidata a prefeita Léa Toscano (União Brasil), em Guarabira. A publicação menciona um áudio de Raimundo Macedo no ano de 2020, durante o período da pandemia, e refere-se a uma conversa legítima entre ele e o tesoureiro municipal. O suposto escândalo não foi à frente, uma vez que o Ministério Público comprovou a regularidade da conversa.
Em João Pessoa, a Justiça Eleitoral também acatou um pedido de direito de resposta da Coligação João Pessoa no Caminho Certo, do candidato Cícero Lucena (Progressistas), contra a Coligação João Pessoa Para Mudar de Verdade, do candidato Marcelo Queiroga (foto), do PL. No pedido, a coligação solicitou a retirada de uma inserção da propaganda eleitoral com um trecho de um telejornal do ano de 2005, fazendo referência a uma operação policial que teve, entre os investigados, o então prefeito de Cícero. Caso desobedeça à ordem judicial, será aplicada multa diária de R$ 10 mil.