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Cássia Kis está fora da Globo após contrato não ser renovado

A atriz Cássia Kis não é mais contratada da Globo. A informação foi confirmada à coluna pela emissora. Assim como outros profissionais da área de entretenimento do canal, a exemplo de Carolina Dieckmann e Fátima Bernardes, o contrato dela acabou e não será renovado.

Segundo a Globo, ela poderá ser contratada por obra certa, modelo que vem sendo adotado pela empresa nos últimos anos.

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A atriz Cássia Kis vai a uma manifestação no centro do Rio de Janeiro – Gabriel Rangel -6.nov.2022/AgNews

Nesta quinta (18), ao ser questionada pela coluna sobre o que achava de ter sido citada pelo autor Aguinaldo Silva como uma das poucas atrizes que poderiam fazer “uma bela Odete Roitman” no remake de “Vale Tudo”, Cássia respondeu: “Como uma atriz que está desempregada, sem trabalhar, é muito bom ouvir isso.”

Cássia fez seus primeiros trabalhos na Globo nos anos 1980. Em 1990, ela chegou a ir para a Manchete para fazer “Pantanal”. No mesmo ano, voltou para a emissora do Rio de Janeiro e estrelou “Barriga de Aluguel”, que foi um grande sucesso.

Desde então, fez muitos outros papéis de destaques em tramas da Globo. Nos últimos anos, porém, a atriz se envolveu em inúmeras polêmicas fora da TV.

A sua última novela foi “Travessia” (2022-2023). Durante a exibição da trama, Cássia foi criticada nas redes sociais por incentivar atos golpistas contra a eleição do presidente Lula, do PT. Apoiadora declarada de Jair Bolsonaro (PL) e católica conservadora, a atriz foi vista várias vezes carregando terços em passeatas em prol do ex-presidente.

Além disso, ela disse numa live no Instagram que “não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem. Essa ideologia de gênero que já está nas escolas […] quer destruir a família”.

Surgiram rumores de que sua participação na novela seria reduzida por causa do comentário considerado homofóbico. Ela negou e fez deboche na época. Sua personagem, de fato, não perdeu relevância até o final.

O Centro Dom Bosco é um grupo católico de extrema-direita com o qual Cássia passou a colaborar, principalmente durante a campanha de Bolsonaro (PL) à Presidência.

Nas redes sociais, internautas lembraram que a artista participou de uma capa da revista Veja, publicada em 1997, em que afirmava ter feito um aborto.

Em outras entrevistas, ela disse que se arrependeu de abortar após gravar a cena em que sua personagem, Maria Marruá, dava à luz a Juma de “Pantanal”.

“Acho que é uma boa lembrança da parte dele. Ele [Aguinaldo] me conhece e sabe que eu sou uma atriz de verdade, que leva a profissão da maneira mais verdadeira possível”, completa. Cássia diz ainda que Aguinaldo é um dos últimos grandes autores de novelas da TV brasileira. “Ele sabe o que eu já fiz e sou capaz de fazer”, acrescenta.

Na primeira versão da trama, que foi escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo e Leonor Bassères, Cássia fez o papel de Leila, personagem que acabava se revelando no último capítulo como a assassina de Roitman, vivida por Beatriz Segall.

Cássia diz não ver “nada demais” na coincidência. Ela reflete sobre a idade que tem hoje e a que Segall tinha na época em que fez a vilã. “Eu não sei a idade que a Beatriz tinha quando fez a Odete. Eu tenho 66 anos, faço 67 em janeiro”, afirma. Segall tinha 62 anos quando fez a vilã.

Na sequência, a ligação caiu, e Cássia não atendeu mais às chamadas da coluna. Por mensagem, a atriz respondeu apenas a uma pergunta sobre se ela acredita que o remake de “Vale Tudo” fará tanto sucesso quanto o original. “O futuro a Deus pertence”, respondeu.

Folha/UOL

Foto capa: Ellen Soares/Globo

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