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Complexo de Patos atendeu quase 900 vítimas de  sinistros de trânsito nos primeiros quatro meses deste ano

Entre o dia 1º de janeiro e 30 de abril, o Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC) atendeu 895 vítimas de sinistros de trânsito. E a grande maioria dos pacientes atendidos foi de acidentados com motocicletas, num total de 793. Os números além de serem bem impactantes, expressam a necessidade de se valorizar a campanha Maio Amarelo, que foca na conscientização de um trânsito mais seguro, com menos acidentes e vítimas.  “É preciso que as pessoas se conscientizem mais na importância da prevenção no trânsito para que esses dados sejam reduzidos e o impacto no serviço público de saúde não seja tão grande”, alerta o Diretor Geral do Complexo, Francisco Guedes.

Em janeiro, o Hospital de Patos atendeu 238 pacientes vítimas de sinistros de trânsito, sendo a grande maioria deles de acidentados com motos, num total de 216 pessoas, seguido de 10 vítimas de atropelamento, oito que se envolveram em acidentes com carro e ainda quatro pessoas feridas vítimas por causa de acidentes com bicicleta. Em fevereiro, outras 180 pessoas deram entrada na unidade vítimas de acidentes com motos, 14 por carros, 11 por atropelamento e mais cinco com bicicleta.

Em Março, foram mais 199 motociclistas atendidos, 18 pessoas que estavam em veículos, oito por causa de atropelamentos e quatro com bicicletas. Em Abril, mais 198 pessoas deram entrada na Urgência e Emergência do hospital por causa de acidentes com motos, onze por sinistros envolvendo veículos, cinco ciclistas e quatro vítimas de atropelamento. Das 895 vítimas atendidas nestes quatro meses, 179 delas precisaram ficar internadas após os atendimentos emergenciais para cuidados posteriores, alguns, com a necessidade de realização de procedimentos cirúrgicos.

O Diretor Clínico do hospital, Dr. Pedro Augusto, destaca o impacto que isso tem na rotina do hospital. “Boa parte destas vítimas, principalmente, os que se envolvem com acidentes com motos, precisam de cuidados posteriores, além da assistência imediata, o que implica numa internação, em alguns casos com necessidade de cirurgias, sendo as ortopédicas as mais frequentes por causa da vulnerabilidade que um acidente com moto propicia e isso tem um impacto significativo na rotina de uma unidade como a nossa, com a ocupação de leitos, necessidade de intervenções cirúrgicas, além da principal preocupação que são as sequelas físicas que ficam por causa dos traumas sofridos com o acidente”, lamenta o médico.

Dados sobre acidentes no trânsito

Um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Status Report on Road Safety, revelou que o Brasil é o terceiro país com mais mortes no trânsito em todo o mundo, tendo a Índia e China ocupando as primeiras posições, respectivamente. As mortes no trânsito em decorrência de acidentes veiculares configuram a oitava principal causa de óbito no Brasil. São, aproximadamente, 1,3 milhão de vítimas por ano. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2021, o Brasil registrou 31.468 mortes no trânsito, sendo os motociclistas os que mais perderam a vida, com 12.011 óbitos, seguidos pelos ocupantes de automóveis, com 6.987 vítimas fatais, e pedestres, com 5.120 mortes.

Especialistas apontam que isso se deve, em grande parte, à negligência dos motoristas, que, muitas vezes, mesmo sabendo dos graves riscos, mantêm um comportamento agressivo ao volante, usam o celular ao dirigir, abusam do consumo de álcool e outras drogas, não respeitam as sinalizações de trânsito, procrastinam a manutenção mecânica de seus veículos, entre outros. Esses são fatores que contribuem para aumentar os acidentes e as mortes no trânsito.

“O Movimento Maio Amarelo nasceu, em 2014, com a proposta de  chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. E ao analisar esses dados de atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito em nossa undade, a gente percebe a importância desta iniciativa que chama atenção para a prevenção, pois sabemos que muitos destes acidentes poderiam ter sido evitados se houvesse mais prudência e atenção”, lembra o diretor do Complexo, Francisco Guedes, numa alusão a importância do movimento.

 

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