Conselho de Comandante Gerais seria um recinto de fatuidades a serviço do turismo, afirmam oficiais da PM/PB
Existe um tal de Conselho Nacional de Comandantes Gerais? Parece que existe, segundo informações de oficiais superiores da Polícia Militar do Estado, tanto da reserva como da ativa. Mas, sem nenhuma expressão sem nenhuma influência que possa acreditá-lo no cenário da Segurança Pública, enfatizam com um ranço de desprezo e deboche.
Para muitos, uma entidade que só atende a vaidade pessoal e aos desejos de turismo dos comandantes gerais tal a sua inocuidade do ponto de vista da efetividade para as políticas de segurança pública.
Para alguns oficiais, uma espécie de arquivo morto cuja utilidade seria tomar chá, distribuir medalhas e comendas e propiciar fins de semanas divertidos aos comandantes das corporações do país, que se entretêm em deliciosas confraternizações de onde voltam com os peitorais repletos de medalhas para exibir aos familiares e amigos e também aos bajuladores como símbolos da sua quase sempre duvidosa capacidade.
De acordo com esses oficiais tem comandante que se embeleza com esses congraçamentos e vendem a alma para ocupar espaço na diretoria de um conselho que não consegue segurar nem projetar ninguém muito menos produzir algo que reforce a política de segurança do país.
Os mais cáusticos consideram um ambiente de vaidades e tolices e que nada produz de bom para as polícias e corpos de bombeiros do país, desde que foi inventado pela ociosidade crônica de alguns comandantes espertalhões em busca de projeção e reforço para se manterem nos cargos estaduais, onde esse tipo de presidência impressiona a obtusidade paroquial.
Eles chegam a questionar o que de positivo criou o Conselho que possa ser enfatizado desde sua criação nos idos de 93, em benefício das corporações. “Nada absolutamente nada”, destaca o coronel da reserva Arnaldo Costa, comparando o Conselho a caldo de batata.
O último presidente deste conselho de batatinhas, o coronel Araújo, comandante geral da PM d Santa Catarina, foi praticamente ejetado do cargo atraído por um convite para ocupar a Secretaria Nacional de Segurança Pública e depois de deixar os cargos, desconvidado substituído pelo colega do Distrito Federal, coronel Carlos Renato Paim num dos dribles mais sensacionais dado no serviço público brasileiro: o cara perdeu tudo numa cartada só.
Esse ambiente vazio de ações e de expressões está sendo ocupado agora pela obscuridade crônica do comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, Euler Chaves, um dos remanescentes do Governo corrupto do socialista Ricardo Coutinho, preso e depois liberado com restrições à liberdade, portando tornozeleiras juntamente com mais alguns asseclas.
A Operação Calvário – certamente desconhecida pelos comandantes gerais do Brasil – aponta para fossas abissais da corrupção ainda não desvendadas pelas investigações, onde residiriam indícios contundentes, mostrando toda intrincada relação de Coriolano Coutinho com altas patentes da corporação, misturados aos jogos de azar, coordenados pela LOTEP.
Esse auxiliar fiel, dedicado e grato, que por oito anos serviu e frequentou a intimidade dessa organização; e um dos comandantes de uma das forças policiais do Estado, acusadas de integrar e participar das ações criminosas do esquema do ex-governador sob a regência e influência do mais perigoso da quadrilha, Coriolano Coutinho, agora ocupa a presidência dessa entidade comprovadamente leviana no que se refere a preservação e prevenção da ética e da moral.
São muitas as sombras que envolvem a figura do coronel Euller a começar pelos muitos processos que correm na Justiça e que podem ter desfechos catastróficos para sua biografia, agora incluída a presidência desta Casa das Vovozinhas fardadas, pouca atentas aos bons costumes, e tão crédulas como a Velhinha de Taubaté, aquela fantástica personagem de Fernando Veríssimo.
Jampanews
Coronel Euller é eleito presidente do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias e Corpos de Bombeiros Militares
Pela primeira vez na história, o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias e Corpos de Bombeiros Militares (CNCG) do Brasil terá como presidente um comandante de uma corporação do Nordeste. A função agora passa a ser ocupada pelo comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, que foi eleito nesta terça-feira (30), durante reunião ordinária, feita por videoconferência.
O conselho, que reúne os comandantes-gerais de todas as instituições militares estaduais, foi criado em 1993 e é responsável por pautar e acompanhar as decisões e projetos de lei nacionais relacionados às Polícias Militares, Corpo de Bombeiros Militares e a segurança pública como um todo.
A eleição do comandante da PM paraibana contou com apoio unânime dos comandantes das demais corporações. A nova gestão tem como 1º vice-presidente o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, coronel Telles, e o 2º vice-presidente é o comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Norte. Nas regionais, o presidente da Região Sul é o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Péricles; na Região Sudeste é o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Rodrigo; na Região Norte, é o comandante-geral da Polícia Militar do Pará, o coronel Dilson; Na Região Centro-Oeste, é o comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Pontes; e na Região Nordeste, é o comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Alarico.
Nesta quarta-feira (1º), às 14h, o coronel Euller participará de uma videoconferência que vai debater as perspectivas da segurança pública para o pós-pandemia, com várias autoridades da área de todo o país. O evento é aberto a participação do público, que pode se inscrever gratuitamente através do link https://bit.ly/laadsw1
Assessoria