Coronel retirado da vitrine para o quarto de depósitos ainda não foi convocado para responder ao Conselho de Justificativa da PM, diz Cabo Gilberto
O coronel removido da vitrine do Governo para o quartinho dos fundos em Mangabeira – numa manobra para retirá-lo dos holofotes da mídia – não estará tão escondido nem fora do alcance das lupas vigilantes do deputado Cabo Gilberto hábil e atento perscrutador dos recônditos mais obscuros da caserna.
Respaldado numa trajetória de punições notadamente aos praças, o deputado vem cobrando essa postura ao comando geral tido e havido como o que mais puniu e excluiu militares, mas que não se manifestou até agora para enquadrar o coronel Anderson Pessoa no Conselho de Justificativa, onde vão parar todos os integrantes da corporação que transgredirem o código de conduta.
O Deputado estranha esta omissão do Comando Geral e cobra a isonomia que deve nortear a corporação empregando as normas de forma equânime sem usar de dois pesos e duas medidas como parece acontecer no caso do coronel acusado de envolvimento em ações que afrontariam a dignidade da instituição bicentenária.
Para o deputado, que entrou em contato com o portal, o Comando da Corporação não pode se furtar a esse procedimento sob pena de estabelecer a discriminação e criar privilégios no tratamento aos membros da Polícia Militar principalmente por ser das mais graves as imputações feitas ao ex-chefe da Casa Militar.
Segundo o deputado, as denúncias contra o coronel teriam sido acatadas pelos investigadores da Calvário e a robustez dos indícios indicam que, não apenas o coronel, mas também outros integrantes poderiam fazer parte do esquema criminoso.
O deputado Cabo Gilberto tem sido um persistente crítico da atual gestão da Policia Militar, segundo ele, reiteradas vezes envolvida em situações suspeitas sem nunca oferecer os devidos esclarecimentos a sociedade.
Cabo Gilberto cita como exemplo desse procedimento – ao seu ver desabonador para a permanência do Comandante Geral – ação que transita no STJ pedindo sua despromoção de coronel para major patente com a qual teria que ter ido para a reserva se não fossem alguns ardis e subterfúgios, alegados na ação, que o promoveram a tenente-coronel e coronel numa clara e ostensiva afronta a Constituição do Estado e ao Estatuto da Corporação como denuncia outro cabo, o Moacir.
Gilberto está cobrando as providências contra o coronel acusado de envolvimento com a escolta da propina e pretende também acionar a Corregedoria da Secretaria de Segurança para corrigir o que considera omissão do Comando Geral.