Da obscuridade à ribalta da Operação Calvário, Jailton pode ser o caminho para entregar muita gente e desvendar muitos segredos
As sombras que estão sendo varridas e encobriam a morte de Bruno Ernesto começam revelar perfis muito próximos ao ex-governador Ricardo Coutinho e evidenciar a vasta rede criminosa que por oito longos anos controlou o estado e que ainda continua em ação e poderosamente influente na atual gestão principalmente pela complacência do governador João Azevedo imitando a avestruz ao perceber o perigo.
Jailton Paiva de Araújo – um dos elos mais fortes dessa cadeia criminosa, que envolve figuras de projeção do Governo nessa trama sinistra e letal, agora reconhecido como um dos articuladores da armadilha construída para atrair Bruno Ernesto para a morte – seria a chave para se chegar aos mandantes e executores do assassinato de Bruno Ernesto.
Os articuladores e executores da morte de Bruno Ernesto receberiam regalias nos presídios, e muita gente foi escolhida para cargos – e mantidos neles – única e exclusivamente para preservar e garantir privilégios aos matadores, contemplados com cargos de comando dentro dos presídios do estado.
Seria tal a influência de Jailton dentro do Governo que chegou preencher cargos de primeiro escalão com pessoas comprometidas com os segredos mais tenebrosos da quadrilha.
O submundo dos cárceres teria muito de suas impressões digitais e poderia explicar o interesse de empresários em fraudar concorrência para construções de presídios, inclusive perdoando dívidas de campanha.
Jailton seria também uma espécie de gerente de atividades escusas dentro do governo distribuindo funções a laranjas e muita gente ganhou dinheiro e projeção no mundo da construção civil notadamente na construção de condomínios de luxo em regiões serranas do estado.
Jailton, o Obscuro, pode ser o caminho para esclarecer muita coisa e chegar a muita gente caso não aconteça com ele o que aconteceu com Bruno Ernesto, o que obrigaria o Gaeco a preserva-lo até com uma prisão preventiva como forma de assegura uma delação premiada.