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Política

Daniella Ribeiro pede aplicação da Lei Maria da Penha contra médico que agrediu ex-mulher

A senadora Daniella Ribeiro, líder da bancada feminina no Senado Federal, lançou nota à imprensa mostrando revolta contra o comportamento do ex-diretor técnico do Trauminha contra a ex-mulher, em quem desferiu diversos socos no rosto e puxões de cabelo, segundo mostram vídeos que viralizaram na internet.

“Cobramos a aplicação da Lei Maria da Penha. Que esse caso seja devidamente punido e que o agressor responda pelo crime que cometeu. Não pode ficar impune. Ser exonerado dos cargos públicos que ocupava foi importante, uma medida assertiva tanto da Prefeitura de João Pessoa quanto do Governo do Estado, mas não é suficiente. Existe lei para o crime cometido e precisa ser aplicada. Confio no trabalho da nossa Polícia Civil da Paraíba e da Justiça”, frisou.

Nota de Repúdio

Como líder da Bancada Feminina no Senado Federal, mas antes de tudo como mulher, registro a minha total indignação e revolta contra a postura do médico João Paulo Casado que aparece em imagens agredindo fisicamente a sua companheira, inclusive na presença de uma criança, o que torna a situação ainda mais absurda.

Lamentavelmente, a violência contra a mulher tem apresentado uma curva ascendente em nosso país, se manifestando nas mais diversas formas: psicológica, moral, patrimonial, sexual e física. A brutalidade do feminicídio se torna cada vez mais explícita e não podemos silenciar diante dessa realidade.

As cenas que mostram o médico em questão são revoltantes e merecem a condenação unânime da sociedade, não apenas por mulheres, mas por todos que prezam pelos direitos humanos e pela dignidade da pessoa.

Cobramos a aplicação da Lei Maria da Penha. Que esse caso seja devidamente punido e que o agressor responda pelo crime que cometeu. Não pode ficar impune. Ser exonerado dos cargos públicos que ocupava foi importante, uma medida assertiva tanto da Prefeitura de João Pessoa quanto do Governo do Estado, mas não é suficiente. Existe lei para o crime cometido e precisa ser aplicada. Confio no trabalho da nossa Polícia Civil da Paraíba e da Justiça.

Vemos em cada vítima de violência uma representação de todas nós, e não podemos aceitar nem normalizar tais situações. Situações desse tipo precisam ser imediatamente denunciadas. Não podem ser toleradas em hipótese alguma, sob nenhuma justificativa. Muitas vezes, erroneamente, tentam culpar a mulher pela violência sofrida. Querem transformar a vítima em algoz. Não raro, há por trás da violência a dependência financeira ou psicológica que prende a vítima na relação conturbada, violenta e perigosa.

Enquanto autora do PL 3.257/2019, que propõe o afastamento imediato do agressor do lar em situações de violência sexual, moral, sexual ou patrimonial contra a mulher, reitero meu compromisso em trabalhar incessantemente por uma sociedade onde todas as mulheres possam viver com segurança e dignidade.

Os agressores precisam ser punidos e as mulheres precisam de esclarecimentos sobre os seus direitos para que possam encontrar apoio e força para denunciar quem as maltariam, quem as tenta tirar-lhe os direitos de viver.

Mais uma vez, lamento profundamente a violência sofrida pela mulher que aparece nas imagens, e me coloco à disposição para fazer coro na luta contra a violência contra a mulher.

Paraíba, 11 de setembro de 2023.

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