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Segundo relatos colhidos, Milton Ribeiro afirmou, em cerimônia interna nesta quarta-feira, que a Consultoria Jurídica não permite que grupos econômicos sérios tenham acesso ao MEC. A “reclamação” gerou revolta entre os servidores, que, de forma reservada, já se queixavam de tentativas de interferência de outros setores no trabalho técnico de análise jurídica da pasta, sobretudo em relação a pleitos de instituições privadas de ensino superior.

“Na oportunidade, reafirmamos o compromisso de defesa do Estado Democrático de Direito, em especial dos princípios basilares da legalidade e da supremacia do interesse público sobre o privado”, dizem os servidores no ofício em que pedem a demissão.

Em outro trecho do documento, quatro dos onze servidores “manifestam, desde já, desinteresse em assumir quaisquer cargos vagos ou que venham a vagar nesta Consultoria Jurídica”.

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Com a renúncia coletiva, eles deixam os cargos em comissão, em geral de setores dentro da Consultoria Jurídica, mas continuam no MEC. A debandada ocorre no primeiro dia após a posse do novo chefe da Consultoria Jurídica do MEC, Davy Jones Pessoa Almeida de Menezes, que entrou no lugar de Fabiana Zamorano, que também pediu para sair recentemente.

Segundo integrantes da pasta, a declaração de Milton Ribeiro sobre a Consultoria Jurídica barrar o acesso de grupos econômicos ao MEC foi feita na cerimônia de posse de Menezes. O ministro já ocupou cargos relevantes no setor privado de ensino superior, tendo sido reitor em exercício e vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

FONTE: MATÉRIA TRANSCRITA DO GLOBO.COM
FOTO: EVARISTO SÁ/GLOBO/AFP