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Delação de Ivan atormenta figurões do PSB e dinheiro espalhado pelo sertão pode ter ido de helicóptero

A liberdade conquistada pelo ex-secretário Ivan Burity pode significar as grades para muita gente cujo sono foi interrompido no começa da noite de ontem quando confirmado que o ex-auxiliar – e um dos principais articuladores de arrecadação de recursos para o propinoduto socialista – estava indo para casa, passar o Natal com a família.

O clima de tensão é grande e de aflição maior ainda já que noticias que circularam no dia de ontem pelos programas de rádio e TV e também por blogs e portais revelam a extensão da organização criminosa, que agora já mostraria seus tentáculos pelo interior do estado em distantes municípios como São Bento, onde um dos coordenadores de campanha de Ricardo no Sertão, João Lúcio, ex-prefeito de São Bento, confirmou ter recebido R$ 500 mil do esquema que desviava recursos públicos.

Helicóptero teria voado para o sertão sem conhecimento da Infraero e da Secretaria de Segurança

A delação de Ivan teria arrombado de vez o casco da nau catarineta do PSB, e muita gente que arrota decência pode descer nas próximas fases da Operação Calvário. O teor da delação de Ivan arrombou a blindagem que protegia esses figurões e a atuação e participação deles, no esquema de pilhagem, detalhada pelo ex-secretário.

O dinheiro, que chegava pelo ar e era partilhado nos hangares do Governo, seguiria ainda pelo ar só que, supostamente através de helicóptero para o interior do Estado.

Que a Casa Militar estava enterrada até o pescoço na distribuição e recolhimento da propina já é fato confirmado pelas delações de Leandro Azevedo e pela prisão de Ivan Burity.

Parte da tripulação foi afastada e substituída por pilotos da Força Nacional e agora trabalha administrativamente jogando fora o dinheiro do estado gasto com a qualificação

Agora, o que se comenta é que Ivan teria delatado toda extensão da organização e isso incluiria voos clandestinos do helicóptero da Segurança Pública, cujos deslocamentos, sem conhecimento da Infraero e do Secretário de Segurança, causavam estranheza e muitos comentários, já que ocorridos no período eleitoral sem nenhuma justificativa plausível para quem integrava o aparelho policial.

Essas escapadas da aeronave até então do conhecimento dos bastidores dos quartéis, mas agora supostamente delatadas, irremediavelmente arrastariam para dentro do esquema figurões da Polícia Militar cuja longevidade poderia ser explicada por essa atuação mais do que suspeita, mas ainda não oficialmente comprovada, mas sabendo-se que os voos não form comunicados nem a Infraero muito menos ao secretário de segurança da época, decolando apenas por recomendação do Comando geral da corporação.

Durante o período eleitoral os voos foram frequentes à procura de plantios de maconha que não foram localizados

Os voos se tornaram frequentes principalmente no período eleitoral de 2014 a pretexto de levantamento de um plantio de maconha na região de Catolé do Rocha, que nunca foi identificado.

Tão frequente se tornaram os voos, no entorno de Catolé de Rocha, onde o ex-prefeito e ex-coordenador confirmou o recebimento de dinheiro da propina, que membros da tripulação dos helicópteros foram afastados por discordarem das práticas, que destoavam das obrigações funcionais para as quais foram treinados.

Oficiais, qualificados em outros centros a um custo fabuloso para o estado, estão sendo empregados hoje em funções administrativas, sendo substituídos por pilotos solicitados à Força nacional simplesmente porque discordaram das missões designadas supostamente pelo comandante geral a revelia do secretário de segurança e sem o conhecimento da Infraero.

Comando Geral precisa explicar os voos clandestinos para o Sertão

Essas operações, aparentemente clandestinas, cujos pretextos seriam fazer o levantamento de plantios de maconha, responsabilidade da Polícia Federal, jamais foram  confirmadas, não há registro de qualquer ocorrência desse tipo de atividade criminosa na região polarizada por Catolé do Rocha e se houvesse seria da responsabilidade das Polícias Civil e Federal nunca da Militar.

O depoimento do coordenador de campanha de Ricardo dizendo que recebeu dinheiro de propina aumenta a suspeição desses voos, principalmente pelo afastamento da tripulação originalmente treinada para comandar o helicóptero e que contestou o objetivo das missões.

Ivan teria delatado os principais integrantes do esquema criminoso

O radialista Nilvan Ferreira faz sérias e graves acusações ao esquema político comandado pelo ex-governador Ricardo Coutinho em vídeo que circula pela internet revelando a extensão da organização criminosa cujos tentáculos se estenderiam para o Sertão, o que obriga a cúpula da Polícia Militar se manifestar sobre esses estranhos voos para o local onde brotou dinheiro público supostamente transportado em próprios do Estado.

O Comando da Polícia Militar fica na obrigação de explicar os voos feitos sem o conhecimento da Infraero e da Secretaria de Segurança como se suspeita e, também, porque militares, treinados para pilotar a aeronave, estariam sendo empregados em funções administrativas, substituídos por pilotos da Força Nacional.

A delação de Ivan apontaria para esclarecer esses episódios, que circulam há tempo nos bastidores dos quarteis, e que servem para mostrar a desconfiança da tropa em relação ao que foi empregada a corporação nesses oito anos de Governo de Ricardo muito mais empenhada em ações de caráter nada republicano do que propriamente nas suas finalidades constitucionais, transformada em instrumento e trampolim de projetos de grupos e de pessoas, onde a fronteira entre a legalidade e o crime foi tragada por inescrupulosos disfarçados de autoridades.

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