Descalabro coloca Imprensa contra Polícia e a sociedade paga o pato
Há um quadro desalentador na Segurança Pública como resultado de um mal planejamento no policiamento ostensivo e preventivo.
São muitos e intoleráveis os episódios de violência em todos os quadrantes da cidade e cenas que povoavam os redutos mais distantes da periferia agora tornaram-se comuns nos bairros mais elegantes da capital revelando o pandemônio instalado e o medo reinante na sociedade.
Bem aparelhada em todos os sentidos, compensando a carência de recursos humanos com tecnologia, contando com número necessário de viaturas e armamentos modernos, vivendo os avanços da comunicação, onde um CIOP dotado de equipamentos atualizadíssimos oferece uma visão real da cidade e da região metropolitana, mesmo assim os índices de violência não param de crescer como mostram os indicadores internos.
São tiroteios em via pública em bairros como Manaíra e Tambaú nas vizinhanças de centros comerciais como shoppings e supermercados; assaltos e roubos ao patrimônio a qualquer hora do dia; assassinatos e outras ocorrências que mostram que alguma coisa deixou de funcionar a contento faz muito tempo e a máquina da segurança emperrou e não consegue mais responder com agilidade as demandas da sociedade.
O pandemônio é tal que bate-bocas entre comandantes e repórteres policiais acontecem em pleno ar numa exibição de descontrole que dá pena e causa constrangimento porque os argumentos que tentam justificar o desmando são de uma fragilidade que comprova e explica o porquê dessa situação calamitosa.
Não interessa a sociedade o que a policia faz de positivo porque essa é a obrigação dela. O que a sociedade exige e tem direito é a segurança mesmo que relativa, o que não vem acontecendo por questões de competência no planejamento do policiamento ostensivo e preventivo.
CIOP
Se alguém por curiosidade der um pulinho no CIOP vai se deparar com a visão geral das forças policiais a disposição da sociedade amplamente monitoradas e podendo ser acionadas a qualquer momento e para qualquer ocorrência como mostram os diversos painéis de vigilância eletrônica
Diante desse cenário de eficiência e modernidade o visitante curioso vai ficar sem entender o clima de violência reinante e mais ainda sem compreender as razões para tanto descalabro porque a Polícia tem o mapa completo da cidade a sua disposição como também a localização das viaturas e guarnições escaladas para atender qualquer urgência e emergência mostrando que tem gente trabalhando e gente que não sabe trabalhar.
O que se apreende do nervosismo de quem culpa a imprensa pelos desmandos na segurança e pela falta de planeamento racional no emprego do policiamento ostensivo e preventivo é que o despreparo está instalado em algum lugar do aparelho de segurança do Estado e o governador ainda não se apercebeu apesar das reiteradas observações e reclamações para corrigir essa falha grave que compromete todo sistema e expõe a sociedade a toda forma de violência, que vai dos tiroteios, onde balas perdidas terminam por atingir crianças, às ruas de qualquer bairro transformadas em palco de duelos como no velho tempo das diligências.
E não precisa de muito esforço para compreender a realidade da segurança pública capenga em razão de uma banda atrofiada, danificada pelo reumatismo e que se nega abrir vaga para a renovação da corporação.
Essa senilidade está comprometendo a segurança da sociedade e as promoções seria o remédio ideal para curar esse mal que se arrasta por 10 anos.
Caneta e tinteiro consertam muita coisa.