Descerradas as cortinas da política, o paraibano se depara com a brutalidade das ruas
Encerradas as urnas, descortina-se a o cotidiano brutal que tem assolado a Paraíba, em particular a capital mergulhada em nível de violência que relembra o desastre que foi a gestão de Ricardo Coutinho, onde o estado frequentou os piores rankings de homicídios do planeta, sempre refutados pelas estatísticas grosseiras, que ignoravam a realidade das ruas.
Fatos policiais têm explodido no noticiário com uma virulência que só o clima de campanha disfarçou e omitiu, mas não impediu os tiroteios nem os cadáveres, que sobrecarregaram os rabecões, nesses dias dedicados a “Democracia”.
Para se aferir a brutal realidade, no sábado passado (28) cinco pessoas foram assassinadas na região metropolitana com uma estupidez que sinaliza para a falência do dito cujo policiamento ostensivo e preventivo, absolutamente descomprometido com a segurança haja a vista a atitude de indiferença em relação as ocorrências, onde a presença da Polícia tem se tornado uma mera formalidade restrita a isolar o local e cruzar os braços.
Fatos mais graves ainda reforçam a situação de apatia que tomou o setor quando a violência abandona a periferia e transita tranquilamente nos locais mais requintados, onde pessoas são baleadas ao se dirigem para o almoço nos restaurantes mais elegantes da cidade.
Informações vindas dos bastidores da Segurança Pública revelam a exaustão da tropa com a prolongada permanência de superiores, que esgotaram seus ciclos e, mesmo não tendo nada mais o que oferecer insistem e resistem nos cargos, comprometendo toda estrutura, injetando no setor uma morbidez que resultaria no aumento da violência como resposta aos prazos de validade vencidos.
João Pessoa tem se transformado num cenário de ocorrências estranhas, sinalizando para a ação do tráfico pesado de drogas haja vista fatos como o ocorrido no Olho de Lula, onde um piloto de avião foi alvejado com 12 tiros e os pistoleiros não tiveram sequer o cuidado de dificultar a identidade, agindo de cara limpa.
Para agravar mais ainda o fato, o piloto trabalhava para a empresa do filho de Deca do Atacadão falecido recentemente em desastre de avião supostamente carregado com 300kg de cocaína, o que pode provocar inúmeras ilações, quanto ser o estado uma rota permanente do trafico internacional.
Aviões e helicópteros, envolvidos em desastre aéreos, carregando cocaína, já se tornou lugar comum nesse país como já se tornou lugar comum sua associação a políticos de projeção notoriamente conhecidos pela dependência química e que estariam por trás dessa movimentação suspeitíssima.
A violência cometida contra o piloto tem o aspecto de uma execução que podia ter sido praticada de forma discreta e não da maneira ostensiva, ao meio dia em um restaurante classe A, adquirindo a conotação de recado para alguém mais importante no esquema criminoso.
As urnas encobriram tudo isso: desde a apatia policial, relacionada a insatisfação da tropa com seus comandantes, aos rastros do tráfico internacional de drogas no Estado.
Passado o furor político é hora de reorganizar a Segurança para não mergulharmos mais uma vez na barbárie.
Oxigenar faz bem e o Ministério da Saúde recomenda.