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Desemprego cai em apenas três estados no 3º trimestre, e SP tem destaque; PB fica estável

A redução da taxa de desemprego do Brasil foi acompanhada por recuos estatisticamente significativos em apenas três estados no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Na Paraíba, os números estão estáveis.

É o que apontam dados divulgados nesta quarta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o órgão, as taxas de desocupação diminuíram em São Paulo (de 7,8% para 7,1%), Maranhão (de 8,8% para 6,7%) e Acre (de 9,3% para 6,2%).

Apenas em Roraima houve crescimento (de 5,1% para 7,6%). Nas outras 23 unidades da federação, as taxas ficaram estáveis em termos estatísticos, apesar da tendência de redução observada na maior parte desses locais, disse o IBGE.

Pessoas fazem fila em mutirão de emprego em São Paulo – Zanone Fraissat – 1º.ago.2023/Folhapress

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do instituto, São Paulo foi fundamental para o resultado nacional no terceiro trimestre. Na média do Brasil, o desemprego baixou a 7,7% de julho a setembro, o menor nível para esse período desde 2014, conforme números divulgados pelo IBGE em 31 de outubro.

“A queda no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte mostra uma tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por conta da redução da desocupação. E São Paulo tem uma importância dado o contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional”, afirmou Beringuy.

Com o novo resultado, a população desempregada no país recuou a 8,3 milhões no terceiro trimestre. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que investiga desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

Ainda segundo a pesquisa, a população desocupada em São Paulo caiu 8,4%, de 2 milhões no segundo trimestre para 1,9 milhão no terceiro. A redução foi de 170 mil pessoas nessa condição.

Já a população ocupada com algum tipo de trabalho em São Paulo aumentou 1,1%, de 23,9 milhões para 24,1 milhões. O aumento foi de 268 mil pessoas com trabalho no estado.

Essa ampliação, ponderou o IBGE, ficou mais concentrada em atividades como as de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Nesse ramo, a população ocupada teve aumento de 252 mil (ou 6,4%).

No Brasil, a população ocupada com algum tipo de trabalho alcançou 99,8 milhões no terceiro trimestre. É o recorde da série histórica da Pnad, com dados a partir de 2012.

Segundo economistas, os dados nacionais sinalizaram um mercado de trabalho aquecido, ainda sob impacto do desempenho da atividade econômica acima do esperado no primeiro semestre.

desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) esperada para a segunda metade do ano não teria provocado grandes impactos até o momento, mas é vista como um sinal de alerta por analistas.

Nas estatísticas oficiais, a população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de vagas. Quem não está buscando oportunidades, mesmo sem ter emprego, não entra nesse número.

DESEMPREGO NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2023

UF Taxa, em % Situação
Bahia 13,3 Estabilidade
Pernambuco 13,2 Estabilidade
Amapá 12,6 Estabilidade
Rio de Janeiro 10,9 Estabilidade
Rio Grande do Norte 10,1 Estabilidade
Piauí 9,9 Estabilidade
Sergipe 9,8 Estabilidade
Amazonas 9,6 Estabilidade
Paraíba 9,3 Estabilidade
Ceará 9,2 Estabilidade
Alagoas 9 Estabilidade
Distrito Federal 8,8 Estabilidade
Pará 8 Estabilidade
Roraima 7,6 Alta
São Paulo 7,1 Queda
Maranhão 6,7 Queda
Acre 6,2 Queda
Minas Gerais 6 Estabilidade
Goiás 5,9 Estabilidade
Espírito Santo 5,5 Estabilidade
Rio Grande do Sul 5,4 Estabilidade
Tocantins 5,4 Estabilidade
Paraná 4,6 Estabilidade
Mato Grosso do Sul 4 Estabilidade
Santa Catarina 3,6 Estabilidade
Mato Grosso 2,4 Estabilidade
Rondônia 2,3 Estabilidade

Fonte: IBGE

Folha/UOL

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