Digitalização de pagamentos reduz circulação de cédulas falsas na PB
Michelle Farias*
A Paraíba apresentou redução no número de cédulas falsas apreendidas no ano passado, conforme relatório emitido pelo Banco Central. A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina Grande atribui o resultado a uma maior “digitalização” dos pagamentos. No estado, foram retidas 2.063 cédulas falsas ao longo de 2023, número 19,9% inferior ao registrado em 2022, quando houve o registro de 2.578 notas.
O montante falsificado no ano passado alcançou R$ 191.737, enquanto no ano anterior foi de R$ 209.791. As notas de R$ 100 são as mais falsificadas (1 mil), seguidas por R$ 50 (364) e R$ 200 (329).
O comércio é o segmento mais afetado pelo golpe. Em caso de pagamento com cédula falsa, ela é recolhida pela instituição bancária e o lojista acaba ficando com o prejuízo. Um dos casos mais recentes de apreensão de notas falsas ocorreu no mês de setembro, em Campina Grande, quando um homem tentou utilizar o dinheiro para fazer pagamentos no comércio. A Polícia Federal prendeu o homem em flagrante e apreendeu seis cédulas falsas.
“A digitalização dos meios de pagamento, como cartões de crédito ou débito e o pix, tem contribuído para a redução da apreensão de notas falsas no comércio. Essa tendência reflete a preferência dos consumidores por formas mais práticas e seguras de realizar transações. No entanto, é preciso estar sempre alerta, pois os falsários também se adaptam aos avanços tecnológicos. Quase todos os dias, há registros de tentativas de golpes envolvendo o falso pix”, avaliou o presidente da CDL Campina Grande, Eliezio Bezerra.
À reportagem de A União o Banco Central informou não conseguir identificar, no momento, a influência do crescimento dos meios digitais na falsificação de cédulas. Segundo o BC, tem havido redução na quantidade de cédulas falsas, que provavelmente deve-se à realização de ações de combate ao crime de falsificação de dinheiro executadas pela Polícia Federal e o volume de cédulas e moedas em circulação tem se mantido estável.
Em contrapartida, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pontuou que o aumento da digitalização dos meios de pagamento tem alterado a forma com a qual o brasileiro lida com o meio circulante. Segundo a entidade, atualmente, oito em cada 10 transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). A informação tem por base o segundo volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023 (ano-base 2022), realizada pela Deloitte e divulgada em agosto passado. Sozinho, o celular é responsável por 66% de todas as operações feitas no país.
A Febrabam explicou ainda que no ano passado os brasileiros fizeram 163,3 bilhões de transações nos vários canais de atendimento disponibilizados pelos bancos, representando um significativo aumento de 30% ante 2021. Esta taxa de crescimento é a maior já registrada na história das transações, sendo influenciada principalmente pelo desempenho do mobile banking, que teve alta de 54% no número de operações realizadas pelos clientes, totalizando 107,1 bilhões.
O levantamento revelou recuo nas transações feitas pelos brasileiros nas agências bancárias: caíram de 3,3 bilhões para 3,2 bilhões e, hoje, o canal representa apenas 2% do total. As operações feitas em ATMs também reduziram (passando de 7,4 bilhões para 5,4 bilhões), assim como as realizadas em contact centers e correspondentes (de 5,5 bilhões para 5,2 bilhões). “O Pix tem trazido mais agilidade e facilidade aos pagamentos e transferências de valores. A mudança provocada pelo Pix no comportamento de clientes é confirmada pelos números de adesão ao meio instantâneo de pagamento”, concluiu a Febraban.
Orientação: na hora do pagamento é preciso observar contra a luz a marca d’água, o quebra-cabeça e o fio de segurança; passar o dedo pela nota e sentir o alto relevo; encontrar o número escondido que existe nas cédulas verdadeiras e são vistos quando a nota é colocada contra a luz; ao movimentar as cédulas de R$ 10 e R$ 20 observar os números mudarem de cor; além de observar a faixa holográfica das cédulas de R$ 50 e RS100.
Como proceder no caso de receber uma cédula suspeita: (Orientação do Banco Central)
- Em um terminal de auto-atendimento ou caixa eletrônico: dentro de uma agência bancária e durante o expediente – encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências de pronta substituição. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência.
- Fora de uma agência ou do horário do expediente bancário – na primeira oportunidade, dirigir-se ao gerente de sua agência bancária para pedir providências de pronta substituição. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência.
- Em um terminal de auto-atendimento ou caixa eletrônico: dentro de uma agência bancária e durante o expediente – encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências de pronta substituição. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência.
- m uma transação do dia a dia: se você desconfiar da autenticidade de uma nota após observar os elementos de segurança ou comparar com outra cédula legítima, você pode recusá-la. É importante sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central.A Paraíba apresentou redução no número de cédulas falsas apreendidas no ano passado, conforme relatório emitido pelo Banco Central. A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina Grande atribui o resultado a uma maior “digitalização” dos pagamentos. No estado, foram retidas 2.063 cédulas falsas ao longo de 2023, número 19,9% inferior ao registrado em 2022, quando houve o registro de 2.578 notas.O montante falsificado no ano passado alcançou R$ 191.737, enquanto no ano anterior foi de R$ 209.791. As notas de R$ 100 são as mais falsificadas (1 mil), seguidas por R$ 50 (364) e R$ 200 (329).
O comércio é o segmento mais afetado pelo golpe. Em caso de pagamento com cédula falsa, ela é recolhida pela instituição bancária e o lojista acaba ficando com o prejuízo. Um dos casos mais recentes de apreensão de notas falsas ocorreu no mês de setembro, em Campina Grande, quando um homem tentou utilizar o dinheiro para fazer pagamentos no comércio. A Polícia Federal prendeu o homem em flagrante e apreendeu seis cédulas falsas.
“A digitalização dos meios de pagamento, como cartões de crédito ou débito e o pix, tem contribuído para a redução da apreensão de notas falsas no comércio. Essa tendência reflete a preferência dos consumidores por formas mais práticas e seguras de realizar transações. No entanto, é preciso estar sempre alerta, pois os falsários também se adaptam aos avanços tecnológicos. Quase todos os dias, há registros de tentativas de golpes envolvendo o falso pix”, avaliou o presidente da CDL Campina Grande, Eliezio Bezerra.
À reportagem de A União o Banco Central informou não conseguir identificar, no momento, a influência do crescimento dos meios digitais na falsificação de cédulas. Segundo o BC, tem havido redução na quantidade de cédulas falsas, que provavelmente deve-se à realização de ações de combate ao crime de falsificação de dinheiro executadas pela Polícia Federal e o volume de cédulas e moedas em circulação tem se mantido estável.
Em contrapartida, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pontuou que o aumento da digitalização dos meios de pagamento tem alterado a forma com a qual o brasileiro lida com o meio circulante. Segundo a entidade, atualmente, oito em cada 10 transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). A informação tem por base o segundo volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023 (ano-base 2022), realizada pela Deloitte e divulgada em agosto passado. Sozinho, o celular é responsável por 66% de todas as operações feitas no país.
A Febrabam explicou ainda que no ano passado os brasileiros fizeram 163,3 bilhões de transações nos vários canais de atendimento disponibilizados pelos bancos, representando um significativo aumento de 30% ante 2021. Esta taxa de crescimento é a maior já registrada na história das transações, sendo influenciada principalmente pelo desempenho do mobile banking, que teve alta de 54% no número de operações realizadas pelos clientes, totalizando 107,1 bilhões.
O levantamento revelou recuo nas transações feitas pelos brasileiros nas agências bancárias: caíram de 3,3 bilhões para 3,2 bilhões e, hoje, o canal representa apenas 2% do total. As operações feitas em ATMs também reduziram (passando de 7,4 bilhões para 5,4 bilhões), assim como as realizadas em contact centers e correspondentes (de 5,5 bilhões para 5,2 bilhões). “O Pix tem trazido mais agilidade e facilidade aos pagamentos e transferências de valores. A mudança provocada pelo Pix no comportamento de clientes é confirmada pelos números de adesão ao meio instantâneo de pagamento”, concluiu a Febraban.
Orientação: na hora do pagamento é preciso observar contra a luz a marca d’água, o quebra-cabeça e o fio de segurança; passar o dedo pela nota e sentir o alto relevo; encontrar o número escondido que existe nas cédulas verdadeiras e são vistos quando a nota é colocada contra a luz; ao movimentar as cédulas de R$ 10 e R$ 20 observar os números mudarem de cor; além de observar a faixa holográfica das cédulas de R$ 50 e RS100.
Como proceder no caso de receber uma cédula suspeita: (Orientação do Banco Central)
- É importante sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central.
- Fora de uma agência ou do horário do expediente bancário – na primeira oportunidade, dirigir-se ao gerente de sua agência bancária para pedir providências de pronta substituição.
- Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência.
*Repórter de A União; matéria publicada na edição deste sábado e transcrita por este portal