É hoje! JP será um dos locais ideais para a observação do eclipse anular do Sol
Hoje, dia 14, acontece um emocionante fenômeno astronômico, estará disponível para observação no Brasil: o eclipse anular do sol. Durante o evento, a lua irá cobrir a maior parte do disco solar, criando um anel brilhante na borda. O Observatório Nacional, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, fará a transmissão virtual do eclipse como parte do evento “O Céu em sua Casa: Observação Remota,” permitindo que as pessoas acompanhem o fenômeno com segurança. Em nenhuma hipótese aprecie a olho nu ou com chapas de radiografia, também não se deve gravar através de celular, que será danificado. Apenas equipamentos apropriados devem ser usados para observação, para evitar danos irreversíveis na visão.
A transmissão virtual começará às 11h30 (horário de Brasília) e seguirá o eclipse anular desde o seu início na costa oeste dos Estados Unidos até o seu término na costa leste do Brasil, por volta das 17h30. Para verificar a visibilidade do eclipse em sua região, o Observatório Nacional disponibiliza informações em sua página na internet.
Diferentemente de um eclipse total, no qual a lua encobre completamente o sol, deixando apenas a coroa solar visível, o eclipse anular ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra. Isso faz com que a lua pareça menor no céu, criando o impressionante anel luminoso, característico desse tipo de eclipse.
O professor Leonardo Almeida, doutor em Astrofísica e membro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), explica que a forma como a lua orbita a Terra, em uma órbita não circular, é responsável pelas variações na distância entre os dois corpos ao longo do tempo.
Almeida esclarece ainda que a visibilidade do eclipse anular será limitada a certas regiões do Brasil, abrangendo estados das regiões Norte (Amazonas, Pará e Tocantins) e Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba). Em outros estados do país, o eclipse será parcial devido à posição do observador em relação à linha do eclipse.
Segundo o professor Tarciro Mendes, também da UFRN e doutor em Física, a observação de um eclipse anular requer que o observador esteja diretamente na linha da umbra, a região onde a sombra da lua sobre a Terra é mais intensa. Fora da umbra e da penumbra, não é possível observar o eclipse.
O evento terá início em Tefé, Amazonas, às 14h05 e terminará em João Pessoa, Paraíba, às 17h55, considerando tanto a fase anular quanto a parcial do eclipse. O Brasil terá a anularidade mais longa do mundo, com 55 minutos e 30 segundos de duração.
Além do Brasil, o eclipse anular será visível nos Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e Colômbia. Em outras partes das Américas, do Alasca à Argentina, um eclipse parcial estará visível.
O próximo eclipse anular após este ocorrerá em 2 de outubro de 2024, mas não será visível no Brasil, apenas no Chile e na Argentina. Já o próximo eclipse anular a ser observado no Brasil acontecerá em 26 de janeiro de 2028 e só será visível nos estados do Amazonas, Pará e Amapá.
O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível no Brasil, de acordo com informações do Observatório Nacional.
Fonte: AgênciaBrasil