Eleições municipais serão plebiscitárias para João Azevedo até agora tépido e incipiente politicamente
Essas eleições municipais terão um caráter plebiscitário para o governador João Azevedo ainda visto como neófito em política termo que distinguia de forma pejorativa o mais brilhante e um dos mais empreendedores governadores que a Paraíba já teve: Tarcísio de Miranda Burity, cujas obras ainda se destacam no cenário de aridez do ponto de vista administrativo deste estado sofrido e solapado pela corrupção galopante cujo perfil mais relevante nessa cavalgada sem freio sem dúvida e sem contestação seria o do sentenciado Ricardo Coutinho.
Para muitos, João não revelou ainda seus pendores de estrategista político e vive a reboque de obscuros talentos muitos afeitos e vicejando mais nas sombras do que na luminosidade e transparência.
Sem aquela pegada que caracteriza os líderes, relutante em muitas ocasiões, João tem deixado passar o tempo da bola, desperdiçando ótimas levantadas, que os imprevistos da política propiciam e que contribuiriam para forjar sua imagem de condutor.
Revelando um grau de miopia política que lhe impede de ver o que de fato lhe rodeia, João vem tensionando as relações com aliados e fomentando um clima de desconfiança por transferir para duvidosas capacidades problemas cuja solução só caberia a ele como autoridade maior do estado.
Essas eleições podem projetar politicamente o governador ainda claudicante e hesitante, sendo preciso “desenhar” as situações para que possa entender e decidir consolidando assim a imagem formada por Livânia em seu depoimento, quando acentuou o seu caráter tépido, morno, desanimado.
Tecnicamente reconhecido como competente faltaria a João aquela potência para remover obstáculos, permitindo que se amontoe ao seu redor todo basculho que sobrou de um passado turbulento, onde algemas e prisões deram o tom.
Na realidade, nada mudou na gestão de João e o esquema que as investigações desnudou continua firme e atuante sem que o mesmo revele disposição para encerrar essa relação cuja continuidade ainda comemorada em prosa e verso e cujos efeitos deletérios se faz sentir com vigor comprovando que o PSB não perdeu o controle do Estado e que aquela organização ainda mantém vivo e atuante seus tentáculos.
Essas eleições seriam a grande oportunidade de João quebrar esse elo, mas, gente muito próxima, e que conquistou sua confiança, estaria conduzindo o barco do Cidadania para os arrecifes.
Esse cenário alvissareiro, que está sendo propalado, não tem a consistência alardeada e muita gente do esquema está reclamando dessa condução, onde dirigentes muito mais atrapalham do que ajudam.
Resta saber se atrapalham por incompetência ou por má fé.
Jampanews
NO PÁREO: Cidadania de João Azevêdo deve disputar majoritária em pelo menos 175 municípios nas eleições desse ano, incluindo JP e CG
O partido Cidadania, que na Paraíba tem como principal estrela o governador João Azevêdo deverá participar da chapa majoritária, como candidatura própria ou figurando na vice em pelo menos 175 dos 223 municípios do Estado. A informação foi dada pelo presidente estadual da legenda, Ronaldo Guerra, em entrevista ao Sistema Arapuan.
Segundo o dirigente, essa semana ele deverá se reunir com o governador João Azevêdo, vereadores e lideranças políticas do partido, por meio de vídeo conferência, para iniciar, efetivamente, o processo de discussão e escolha das pré-candidaturas a prefeito na Paraíba, principalmente nas principais cidades.
“Das 223 cidades da Paraíba, vamos lançar candidatos a prefeito ou vice-prefeito em 175. Além disso, teremos 1.956 candidatos a vereadores e vereadoras. Nos outros 48 municípios teremos uma célula montada do Cidadania para avaliar e discutir o processo”, adiantou.
Ainda segundo o dirigente, a sigla terá candidatura, inclusive em João Pessoa e em Campina Grande também, seja como cabeça de chapa, seja como vice.
Guerra ressaltou, no entanto, que apesar do governador ser uma das peças mais importantes das decisões partidárias futuras, ele continua focado no combate e prevenção da pandemia do coronavírus no Estado. Já a conjuntura política aos poucos começa a ser avaliada.
por Henrique Lima