Em agitação, as nuvens da política prenunciam que João Azevedo pode voltar ao PSB
Sequer começou a campanha de 22 para as nuvens, que costumam compor o cenário político, mudarem de aparência. As especulações são muitas prenunciando o clima tórrido que deve caracterizar a disputa particularmente pelo Governo do Estado.
Respaldado pelo favoritismo que a aprovação do seu governo lhe empresta, João Azevedo assiste calado o alarido ao seu redor, onde cobras criadas da política ameaçam o bote, chocalhando os anéis.
Com o estado equilibrado, compromissos em dia, pandemia sob controle, desempenho que distingue sua gestão nacionalmente, João só se sentiria incomodado pelo paletó apertado que lhe deram quando saiu do PSB para o Cidadania, uma sigla pequena para comportar sua musculatura política.
Sem fundo partidário folgado, sem horário generoso no Guia Eleitoral, o Cidadania transformou-se numa trincheira incômoda para um governador tão grande e com tanta coisa para mostrar e dizer ao eleitor no período eleitoral.
Em razão disso estaria sendo obrigado fazer alianças com aventureiros para vitaminar sua candidatura e garantir tempo suficiente para apresentar os avanços que o Estado conquistou turbinado por sua gestão.
A situação é tão desconfortável que João estaria cogitando mudar de partido para ter o espaço que sua dimensão política conquistou.
Convites e propostas já foram feitos e um dos mais tentadores seria o do velho PSB de guerra, prestes a ser abandonado pelo ex-governador Ricardo Coutinho, que deve se mudar de mala e cuia para o PT, onde pretende restabelecer seu estilo belicoso de fazer política, o que antecipam tradicionais petistas como Frei Anastácio.
Angustiado pela possibilidade de não se reeleger, o presidente do PSB, deputado federal Gervásio Maia, ofereceu a legenda em troca de apoio para voltar à Câmara Federal, sonhando ser turbinado pela imensa aprovação de João.
Quem viver verá!