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Episódio da FUNDAC mostra que o esquema de RC continua intocado e insolente no Estado ao ponto de promover motins

Se ainda havia qualquer dúvida sobre a influência do tenebroso império instalado por Ricardo Coutinho na Paraíba e que se estende até hoje na máquina do Estado, o episódio da FUNDAC seria por demais emblemático e assustador.

Uma exoneração banal de um diretor de terceiro ou quarto escalão visceralmente ligado ao ex-governador desencadeia uma reação violenta que termina com uma morte numa demonstração de insubordinação que estarrece e demonstra o quanto o estado continua dependente dos humores da turma da Calvário ao ponto de promoverem motins.

Eles estão em toda parte da máquina do Estado

O episódio da FUNDAC reacende aquela frase sombria da ex-vereadora Sandra Marrocos, quando avisou que o “GOVERNO É NOSSO” e que dele não desembarcariam, jamais, mesmo que exonerados como foi o dito cujo da FUNDAC, cujo nome não é relevante citar.

Ao se observar a estrutura do Estado se pode constatar o alto grau de contaminação da máquina pública pela presença de indivíduos umbilicalmente ligados ao ex-governador que jamais foram removidos e continuam atuando acintosamente a favor dos interesses do poderoso chefão e quando desalojados, reagem como reagiram os apadrinhados da Fundac.

Por todas essas reações e implicações fica mais do que claro de que, o Estado realmente foi capturado e essa subordinação não ficaria restrita ao Poder Executivo, espalhando-se pelos demais poderes, onde a influência maligna se faz sentir inflexível podendo conduzir processos e determinar sentenças.

A Fundac não seria um caso isolado de insubordinação ao nível de motim, mas a regra do que acontece na Paraíba de hoje onde condenados pela Justiça mandam e desmandam e quando não mandam tocam fogo e matam.

Não há como conciliar com esse grupo cujo atrevimento e ousadia não hesita nem diante da morte de inocentes, quanto mais da autoridade de quem quer que seja principalmente quando essa autoridade é tíbia, relutante, medrosa, encolhida, acovardada sem disposição para romper os elos que lhe retém junto a esses criminosos, disfarçados de auxiliares, e que agem como se donos fossem do poder público.

São muitos os resquícios desse esquema dentro do estado, intocado, arrotando insolência, amedrontando o Governo, desafiando a autoridade do Estado, perpetuando-se em cargos públicos, manipulando a legalidade, subordinando peças chaves da administração, enfim, insultado a dignidade do serviço público e esgotando a paciência dos paraibanos, perplexos diante de tanta complacência e tolerância, que já ganham cheiro de cumplicidade.

Lamentável, mas falta caneta e coragem para varrer esse lixo.

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