Euller resiste às investigações do Gaeco, mas não escapa aos impropérios dos colegas de farda
Apesar de todos os percalços morais e jurídicos que lhe atingem o comandante da Polícia Militar, Euller Chaves, segue intocável no cargo desafiando a tudo e a todos, inclusive os conceitos de moralidade e probidade que regem o estado.
Inegavelmente uma peça chave – sem trocadilho – no esquema hoje irrefutavelmente criminoso desbaratado pelas investigações da Operação Calvário, com impressões digitais indeléveis em episódios de espionagem e outras atividades, atribuídas ao irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, o comandante permanece irremovível e inabalável zombando da sociedade sem dar nenhuma explicação sobre essas suspeitas, mais do que suspeitas, com essa organização criminosa, já não mais suspeita e sim delatada.
Euller foi peça de destaque nesse governo comprovadamente criminoso agindo fora da lei e acima da lei ao se arvorar de missões que a Constituição não lhe confere como a de Polícia Judiciaria num acordo até hoje não explicado com o Ministério Público que lhe cedeu de forma oficiosa aparelhos de escutas clandestinas como o desaparecido AIKO, até que o Gaeco constatou que procuradores vinham sendo monitorados por arapongas, ligados a P2.
Revelados os crimes da organização chefiada por Ricardo Coutinho, abatidos os membros que formavam a coluna vertebral do esquema criminoso, Euller sobrevive de forma inexplicável mesmo todos os rastros, do que fora denominado, forças policiais a serviço de Coriolano, se dirijam para seu gabinete.
Esse é um mistério que o Gaeco ainda não decifrou e que mostra o poder de blindagem do comandante mantido fora do foco das investigações apesar do comprovado envolvimento de agentes subordinados diretamente a ele e ao seu gabinete.
O passado de Euller é uma galeria de medalhas e outros mimos distribuídos com figurões do mundo jurídico, onde laços de afetividade e cumplicidade teriam fortalecido essa blindagem, e explicado e justificado essa capacidade de sobrevivência, respaldada em segredos que nem o Gaeco desvendou.
Mas nem tudo é céu de brigadeiro para o comandante geral do esquema girassol de inesquecíveis declarações de gratidão e fidelidade ao supremo chefe da organização criminosa.
Nessa trajetória de adulações ao Poder, ele sofre duras e severas críticas dentro da caserna promovidas por coronéis da reserva que fazem sérias e graves restrições ao caráter do coronel.
Taxado de “Bundão, covarde e frouxo”, por coronéis de liderança dentro da instituição, Euller vem sendo moralmente massacrado por essa oposição fardada como pode se constatar pelas declarações em espaços nas redes sociais, que destacamos abaixo.
A primeira delas consta do espaço do coronel Arnaldo Costa, um contumaz e severo crítico do comandante:
“Companheiros. Parece que estamos esquecendo quem é o JA. Ele é criatura de um socialista/comunista ladrão. Portanto, não tem caráter.
Arrisco-me a dizer que ele não chegará a um acordo com os reclamantes.
Quanto ao pseudo cmt geral, pela sua última entrevista comprova o que ja falei sobre esse dito cujo.
Euler tenha vergonha na cara. Vc deveria se portar como Cmt da PM do Estado e não como um bajulão qualquer da PM de Governador.
É triste ver a nossa Briosa entregue a um puxa-saco de um governante socialista.
Euler vc envergonha a PMPB, envergonha seus colegas de turma, envergonha seu pai, o brilhante Cel. Marcilio Pio Chaves e seu irmão o dinâmico Cel Kelson. Vc envergonha a sociedade paraibana sendo bajulador de um criminoso, o RC e bajulador de sua extensão, o JA.
Seja um Cmt de verdade. Esteja ao lado da trooa, prestigie os veteranos que deram tudo pela Corporação!”
A debaixo do coronel Rubens Alencar:
“Companheiros. Passei por vários Cmts. Cada um com suas peculiaridades de comandar. Porém na hora de lutar por melhoras para PM, a linha de ação era unica; o bem da tropa. Não tinha distinção de ativa e reformados.
Foram leais aos governadores porém não submissos como o atual.
É lamentável o que estamos passando atualmente. E mais triste com o aval do pior cmt geral para os reformados, CEL Euler.
É triste ouvir do Cmt Geral, que o aumento de 5% foi bom! Isto depois de 9 anos sem aumento.
É triste muito triste”.
Nem tudo são flores para o coronel