Farofa na Praia de Campina”: Zepelim e o Sopro do Cão celebra lançamento do disco “Caranguejo de Açude” em evento com Escurinho
“Farofa na Praia de Campina” acontecerá no dia 03/02, pontualmente às 18h, no Açude Velho, em Campina Grande
A cena musical independente de Campina Grande ganhou destaque com o lançamento do primeiro disco da banda Zepelim e o Sopro do Cão, “Caranguejo de Açude”, produzido durante o período da pandemia do covid-19 e fruto de diversos desafios. Composta por Babuindo nos vocais, Dedé Guima e Igor Punk nas guitarras e Igor Carvalho no baixo, a ZSC se consolidou como voz ativa do rock campinense no underground. A banda lança o seu primeiro álbum dividindo o palco com Escurinho, no evento “Farofa da Praia de Campina”, no Açude Velho, na Rainha da Borborema, às 18h do dia 03/02.
Apesar de lançado somente esse ano, “Caranguejo de Açude” começou a ser construído em 2020. Com os editais culturais realizados durante a pandemia, a banda vislumbrou algumas perspectivas. Dentre elas, o primeiro álbum, produzido no estúdio The Bridge por Billy Costa com a coprodução de Dedé Guima. “Caranguejo de Açude” passa pelo hardcore, punk, ska e rap, além dos ritmos regionais.
Foi durante a imersão dos integrantes na “ZSC Summer House”, imóvel alugado em 2021, em Campina Grande, que os integrantes puderam compartilhar as suas criações, lapidá-las e ensaiar para a gravação do disco.
O vocalista Babuindo conta que esse período inicial ficou marcado na memória. “Ficamos um mês ensaiando, na intenção de produzir o disco. Pegamos músicas antigas e novas criações e decidimos que essas seriam as sete músicas a entrar no álbum. Uma nova música foi composta e foi a última a entrar, “Corona Haze”, que fala sobre esse período. Tem muita referência interna daquele momento, que foi de muita incerteza por conta da pandemia. A gente finalizou a curadoria das músicas e foi para estúdio. Quando terminamos de gravar, a pandemia piorou e depois de uma pausa de um ano, mais ou menos, a gente voltou a gravar”, lembrou.
Sobre a curadoria das músicas, Babuindo completou: “foi um processo de lapidação. Todo mundo foi muito paciente. Tivemos alterações de letras no meio do percurso, a gente precisou perceber o que dava certo ou não para definir como seria de fato o disco”.
Para Dedé Guima, o resultado é o melhor possível e o disco reflete a identidade da banda, respeitando a individualidade dos integrantes. “Moldamos o som do ‘Caranguejo de Açude’ a partir das nossas personalidades, buscando referências externas e locais. Quisemos trazer questões técnicas inovadoras, agregando-as ao nosso estilo. Construímos o disco com músicas diversas, explorando perspectivas de ska, elementos de solos e texturas regionais, sem abusar das influências de maracatu e coco, mas incorporando-as com a nossa linguagem do rock”, afirmou o produtor musical e guitarrista.
A produção conceitual da Zepelim passa pelo ideal comum à banda, construído e consolidado a partir de leituras sociais, da proatividade em busca do crescimento do grupo e da constante criação que permeia todo esse processo. “Eu acho que isso é o trabalho do artista, contornar as adversidades, saber ler o momento, fazer leituras políticas, geográficas. Nunca foi fácil e nem está sendo, mas é prazeroso. A gente sabe que está fazendo o que mais gosta e o que faz de melhor, que é criar, lapidar e jogar nessas ideias pro mundo. Eu creio que é muito do conceito da Zepelim, criar o tempo todo, de forma diversa, seja música, vídeo, desenho, produto, material, enfim, criar. A gente tem essa obsessão do bem”.
Sobre a participação de Escurinho na “Farofa na Praia de Campina”, Babuindo conta que o cantor e compositor sempre foi uma referência para a ZSC, até antes de sua chegada no grupo. “É uma honra poder dividir esse momento com um mestre da nossa cultura, da nossa música, como Escurinho. Se hoje nós podemos fazer o nosso som, é porque ele chegou primeiro e desbravou esse caminho. Sem dúvidas, o dia 03 de fevereiro vai ser uma noite de celebração à música paraibana e ao rock autoral independente de Campina Grande.”
Transmídia – A ZSC está sempre produzindo materiais inovadores, numa estratégia de comunicação que transcende o digital e se complementa também no mundo real, a exemplo dos conteúdos publicados nas redes sociais como os vídeos interativos, peças gráficas para divulgação do grupo e o próprio show da banda, que conta com recursos lúdicos. O evento contará com as projeções mapeadas do artista visual Bruno Caniello no Museu de Arte Popular da Paraíba. Bruno desenvolve um trabalho em parceria com a Zepelim, sendo o responsável por boa parte das criações visuais da banda. Além do artista visual na projeção, a “Farofa” também ganha mais um reforço com o trabalho do VJ Flávio Metralha, convidado por Escurinho, também para projetar no Museu.
Farofa na Praia de Campina – Para promover ainda mais o disco, a banda criou o evento “Farofa na Praia de Campina”, que será realizado no Museu de Arte Popular da Paraíba, às margens do Açude Velho, no dia 3 de fevereiro de 2024, às 18h. O acontecimento foi inserido na programação do calendário oficial do Campina Folia, pré-carnaval da cidade, é gratuito e contará com a presença do mestre da cultura paraibana, Escurinho, celebrando os 20 anos do álbum “Malocage”.
A Zepelim reforça o horário de início do evento, já que a “Farofa na Praia de Campina” está inserida na programação de pré-carnaval. É importante que o público se adiante para não perder nenhuma parte da programação, que foi pensada em todos os aspectos para que os campinenses tenham uma experiência única.