Governadores receiam Operação que invadiu sede do Governo do RJ, que possa ser repetida em outros estados como intimidação
Tudo como dantes na operação que invadiu as dependências do Palácio do Governo do Rio de Janeiro atrás de provas que pudessem incriminar Wilson Witzel.
Nada mudou nem mesmo as explicações muito menos os objetivos evidenciando que a ação tem conotação política e serve a interesses os mais obscuros, além do intuito de vindita e intimidação a agentes públicos que, por qualquer razão entraram no índex de um Governo que se desmancha ao vento.
Nada mais claro para outros governadores do que a mensagem ameaçadora de pessoas da intimidade do presidente sobre futuras retaliações aos que se aliaram para combater a pandemia e tomaram medidas restritivas, que reduziram a marcha da economia a zero para preservar a vida.
Pequenos estados como a Paraíba já sofreram os efeitos da retaliação ao terem compras de equipamentos de utilidade no combate a pandemia retidos por entraves burocráticos, dificultando o enfrentamento ao vírus.
Desde o início do Governo Bolsonaro a Paraíba tem sido alvo de discriminações e manifestações de hostilidade por parte do presidente, que não esconde sua antipatia pelos “paraíbas”.
Com a operação desta terça promovida contra estados tradicionalmente fortes como Rio e São Paulo, e com as ameaças contidas no discurso de políticos ligados umbilicalmente ao presidente, seria bom o governador João Azevedo se preparar para investidas semelhantes, já sinalizadas por noticiário tendencioso, que alardeia e antecipa as perseguições vindouras.
Auxiliares do Governo paraibano não escondem esse temor e falam do clima de apreensão, mas também de confiança na inteireza das medidas adotadas.
Segundo eles, o governador João Azevedo não vai se deixar intimidar por fanfarras e bravatas muito menos por circos premeditadamente armados com o intuito de constranger e tolher as ações de combate a pandemia sob pretexto de supostas irregularidades.
“O Governo paraibano tem consciência da lisura das medidas tomadas e não receia ameaças de quem quer que seja”, antecipa um graduado auxiliar de primeiro escalão.