Governo do Estado desenvolve método para otimizar atendimento a pacientes com Covid-19
O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, desenvolveu um instrumento chamado Fast News Covid com o objetivo de agilizar o atendimento de pessoas que estejam com sintomas de síndrome gripal, unificando a mensagem e entendendo rapidamente a necessidade do paciente. A ferramenta despertou o interesse do periódico inglês The Lancet, uma revista científica semanal sobre medicina, que vai publicar artigo sobre o assunto.
O Fast News Covid é um instrumento facilitador para que os profissionais de saúde – que atuam nas ambulâncias do Samu, no Corpo de Bombeiros, nas Unidades de Pronto Atendimento e nos prontos-socorros dos hospitais que não são centro de referência – possam avaliar o estado geral daqueles que estejam com síndrome gripal, classificar esse indivíduo para entender se ele pode ir pra casa cumprir a quarentena ou se ele precisa de um recurso hospitalar e o quão rápida é essa necessidade.
O secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Daniel Beltrammi, explica que, para chegar à conclusão de que o paciente requer ou não cuidados hospitalares, os profissionais dos serviços pré-hospitalares analisam parâmetros que produzem uma nota: sinais vitais, sintomas apresentados, comorbidades existentes, presença ou não de sinais de alarme e quantificam em sistema de pontos a gravidade do quadro do paciente, conforme a definição de caso vigente pelo Ministério da Saúde.
“Quanto maior a nota, mais risco, quanto mais risco, mais intensivo vai ficando o cuidado recomendado. Cuidado este que pode ir do isolamento domiciliar, até a internação em UTI. O coronavírus vai nos ensinando, não somente na Paraíba, mas no mundo, a como cuidar melhor das pessoas e produzindo saídas e soluções. Acreditamos que essa ferramenta vai entregar muitos resultados”, disse Daniel Beltrammi.
Tendo a avaliação do paciente atingido uma pontuação determinada, o Centro Estadual de Regulação de Leitos Covid-19 sinalizará para que unidade de referência a qual o paciente deverá ser encaminhado. Isso não só garante o acesso do paciente grave à assistência adequada, como evita que pacientes sem gravidade ocupem os leitos hospitalares sobrecarregando os serviços e reduzindo as vagas de pacientes que realmente necessitam.