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H1N1: Infectologista alerta sobre os riscos da nova cepa da Influenza e lista medidas de prevenção

O vírus H1N1 é um subtipo do vírus influenza tipo A, responsável por infecções respiratórias em seres humanos. Encontrado também em animais, o H1N1 provoca congestão nasal, tosse, dor de garganta, febre, calafrios, dores musculares e diarreia, podendo levar a complicações mais graves. O apresentador de televisão e empresário Silvio Santos faleceu aos 94 anos em decorrência de uma broncopneumonia, após infecção por Influenza (H1N1). A morte de Silvio, uma das figuras mais emblemáticas da mídia brasileira, ressaltou a seriedade e os riscos associados a essa cepa específica.

Segundo a infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Marcela Marinho, o vírus possui uma importância epidemiológica considerável devido à sua capacidade de afetar tanto humanos quanto animais, além de seu comportamento sazonal, que causa picos de infecção. Ela alerta que esse vírus afeta principalmente os extremos de idade, ou seja, crianças menores de dois anos e idosos acima de 60 anos.

“Além disso, gestantes e pessoas com comorbidades, como diabetes ou doenças cardíacas, também estão em maior risco. Embora não estejam nos extremos de idade, pessoas com comorbidades têm suas defesas imunológicas comprometidas, o que as coloca em maior risco de complicações graves”, afirma a infectologista.

Sintomas – Os sintomas da infecção por H1N1 podem ser semelhantes aos de outros quadros virais, o que pode dificultar o diagnóstico. Entre os principais sintomas estão congestão nasal, tosse, dor de garganta, febre, calafrios, dores musculares e diarreia.

A infectologista destaca que, em alguns casos, os pacientes podem se sentir mais debilitados do que em outras infecções virais. A diferença do H1N1 em relação a outras cepas de influenza é a presença de sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômitos, que não são tão comuns em outras gripes sazonais. “Esses sintomas podem causar desidratação e agravar condições de saúde pré-existentes”, alerta.

Complicações – A médica Marcela Marinho alerta que a infecção por H1N1 pode levar a graves complicações respiratórias, como pneumonia e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), especialmente em indivíduos com baixa imunidade. A SDRA resulta de uma inflamação intensa nos pulmões, que compromete severamente a oxigenação do corpo. Essa síndrome pode ser causada diretamente pelo vírus ou por complicações bacterianas secundárias, como pneumonia. O diagnóstico é realizado com base em critérios radiológicos e de suporte ventilatório, frequentemente exigindo tratamento em uma unidade de terapia intensiva.

Estudos também sugerem que o H1N1 pode agravar condições cardiovasculares preexistentes, como aterosclerose e insuficiência cardíaca, acelerando o acúmulo de placas de gordura nas artérias e aumentando o risco de eventos isquêmicos.

Precaução – Para evitar a infecção pelo H1N1, a infectologista recomenda medidas semelhantes às adotadas contra a covid-19, incluindo higiene adequada das mãos, uso de máscaras em locais com alta concentração de pessoas e vacinação. “A vacinação é fundamental, especialmente para os grupos de risco. Manter uma boa higiene respiratória e evitar aglomerações também são medidas importantes para prevenir a propagação do vírus”, conclui Marcela.

Silvio Santos – Silvio Santos foi internado em julho devido ao H1N1 e recebeu alta após o tratamento. No entanto, nas últimas duas semanas, ele começou a manifestar novos sintomas gripais. O quadro, que inicialmente parecia leve, evoluiu rapidamente para complicações graves. Fontes médicas confirmaram que o apresentador desenvolveu pneumonia viral e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), condições severas decorrentes da infecção por H1N1.

Foto: Andrea Piacquadio/Pexels

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