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Hospital de Patos implanta novo serviço de informações aos familiares de pacientes com Covid-19

Um dos maiores temores de quem tem um familiar com Covid-19 é saber que em caso de necessidade de internação hospitalar, o parente não poderá ser acompanhado por ninguém da família. O isolamento necessário em casos desta enfermidade causa muita angustia em quem fica impossibilitado de acompanhar o doente de forma mais próxima. Para atenuar essa expectativa e melhorar a comunicação instituição/família, o Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, de Patos, implantou, a partir desta quarta-feira (18), um setor específico para cuidar desta questão. A Unidade de Comunicação Familiar (UCF) vai possibilitar que o repasse de informações para as famílias dos pacientes se torne mais eficiente e regular.

Hospital de Patos aperfeiçoa rotina de atendimento

Antes da implantação da UCF, as informações do quadro e evolução dos pacientes eram repassadas de maneira presencial, pelo médico do setor Covid, que em determinado horário do dia cumpria essa rotina de forma individual com os familiares dos pacientes. Mas, essa sistemática sofria reiteradas mudanças, porque em alguns momentos marcados, o médico tinha que atender uma intercorrência, atrasava e não tinha a regularidade que a unidade pretendia estabelecer. Além disso, os familiares de pacientes que não moram em Patos também ficavam com dificuldades de estar na unidade no horário marcado para poder participar deste momento diariamente.

A diretora geral do Complexo, Liliane Sena, explica que a implantação do novo serviço na unidade foi baseada numa experiência de sucesso do Hospital Metropolitano de Santa Rita. “Já estávamos planejando aperfeiçoar essa rotina de repasse de informações para os familiares dos pacientes com Covid-19 e ai diante dessa experiência exitosa do Metropolitano, a gente adaptou a iniciativa deles a nossa realidade e esperamos com isso melhorar esse fluxo de informações entre o hospital e as famílias dos pacientes”, destaca a diretora, lembrado que o serviço é restrito aos pacientes do isolamento, porque todos os demais podem ficar com acompanhantes.

A gerente assistencial do Complexo, Aretusa Delfino, lembra que a UCF vai atuar de domingo a domingo, com plantões diurnos, com a disponibilidade de um profissional plantonista que ficará, exclusivamente, com essa missão de levantar o histórico e quadro clínico de cada paciente, através de seu boletim médico, e ligar para as famílias e passar as informações mais atualizadas sobre a situação do paciente. “Acreditamos que com esse serviço a gente possa tanto tranquilizar os familiares, quanto os próprios pacientes que ficarão mais seguros sabendo que seus parentes estão acompanhando com informações atualizadas o quadro e evolução clínica deles”, afirma Aretusa. Ela acrescenta que a equipe também poderá realizar chamadas virtuais de acordo com as condições de comunicação do paciente. “Vamos analisar caso a caso”, diz ela.

O responsável pela Coordenação da Clínica Médica do Complexo, o Dr. Diego Varela, reforça a importância desta ação. “A doença assusta porque há muita informação circulando sobre ela e nem sempre verdadeiras ou científicas, é uma enfermidade nova, que não tem antídoto específico que a combata, que tem vários casos de óbito, que evolui muitas vezes de forma bastante rápida e que deixa as pessoas em total isolamento, portanto, ao estabelecer esse canal de comunicação o Complexo aperfeiçoa também seu serviço, uma vez que o torna ainda mais humanizado”, finaliza o médico

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