Hospital de Trauma de João Pessoa garante atendimento a vítimas de colisão entre trens em curto período de tempo
“O atendimento, rápido e preciso, salvou a minha vida”! Essa foi a declaração de Edison Santos, 37 anos, que foi uma das 36 vítimas da colisão entre dois trens, no final da tarde dessa quinta-feira (09), na Ilha do Bispo, em João Pessoa. O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena garantiu em um curto período de tempo a qualidade do atendimento, preservando a vida dos pacientes, reduzindo o sofrimento das vítimas atendidas e retomando a normalidade no funcionamento e assistência dos demais pacientes da unidade de saúde, bem como dando total assistência aos familiares dos usuários.
Em menos de duas horas do acidente, todos os pacientes já tinham sido atendidos. O governador João Azevêdo disse que o complexo hospitalar deu a resposta necessária para essa gravidade. “O que me deixa tranquilo, vindo a unidade de saúde, é que o hospital, pela sua competência, deu a resposta necessária de que está preparado para uma situação de gravidade como essa. Isso demonstra qualidade no serviço que o Hospital de Trauma presta à população”, frisou.
O secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, acompanhou de perto a situação das vítimas internadas na instituição. “A Secretaria de Estado da Saúde (SES), desde o início do acidente, vem acompanhando todo o caso junto à unidade de saúde. Estamos dando todo o apoio aos pacientes e familiares. O Hospital de Trauma está de parabéns, segue sendo uma referência em politraumatismo, atendeu em tempo hábil as 36 vítimas com os protocolos que devem ser seguidos. Parabenizamos também todos os profissionais envolvidos no atendimento”, ressaltou.
Segundo o diretor-geral da instituição, Laecio Bragante, o plano de gerenciamento de crises, catástrofes e múltiplas vítimas foi acionado pelo hospital assim que foi comunicado pelo Samu e Corpo de Bombeiro. “Logo que tomamos conhecimento do grave acidente, acionamos o plano de contingência para atender as múltiplas vítimas. Ao todo, foram 36 vítimas, duas precisaram de cirurgias e outras duas de um acompanhamento maior, por isso ainda permanecem na unidade internadas e estáveis. Queremos tranquilizar a população, que mesmo numa situação como essa, todos foram prontamente atendidos, sem nenhuma interrupção no fluxo do hospital”, salientou.
Antônio Amaral, 53 anos, que sofreu um trauma torácico, fez questão de deixar o seu agradecimento aos profissionais do Hospital de Trauma. “Cheguei à unidade muito assustado, fui uma das primeiras vítimas a chegar, e rapidamente me atenderam, realizei exames, conversei com minha família e a conduta necessária para minha melhora foi realizada. Serei eternamente grato pelo atendimento”, agradeceu.
O coordenador da Emergência, Jamerson Rodrigues, explicou como funcionou o plano de contingência. “Antes da chegada da vítima, acionamos imediatamente o protocolo, comunicando a direção hospitalar, distribuindo as equipes para iniciar a triagem e os atendimentos. Além do centro de imagem, bloco cirúrgico, recepção, equipe de apoio, maqueiros, higienização, serviço social, imprensa, psicologia e etc. Assim, já estávamos de prontidão, antes das vítimas chegarem. Periodicamente realizamos treinamentos para este tipo de situação e, graças a Deus, deu tudo certo”, pontuou.
Participar de uma ação como essa na linha de frente engrandece o profissional, de acordo com a coordenadora do Serviço Social, Keilla Medeiros. “Nosso papel foi confortar as famílias envolvidas e prover informações fidedignas e seguras sobre os acontecimentos com seus familiares em tempo real. Nos colocamos no lugar do outro e não tem como não se emocionar, acionei toda a minha equipe, que passou informações aos familiares em tempo real, inclusive para tranquilizá-los”, comentou.