Instituto Luisa Mell muda de nome e diz que apresentadora nunca fez doações à entidade
O Instituto Luisa Mell, que atua na área de resgate e recuperação de animais em situação de risco, foi rebatizado e retirou o nome artístico da ativista que ajudou a fundá-lo. A entidade, que agora se chama Instituto Caramelo, publicou nesta sexta-feira (29) uma nota de esclarecimento em seu perfil oficial em uma rede social e chegou a afirmar que Mell nunca fez doações ao instituto.
Na nota, a entidade afirma que ela havia sido convidada por um grupo de voluntários que já trabalhavam com a causa animal quando a ONG foi fundada, em 2015. A intenção, segundo o texto, era dar visibilidade à instituição –em 2001, ela estreou um programa na RedeTV!, o Late Show, que promovia resgate de animais sob maus tratos e encampava campanhas de doação e continuou trabalhando com o tema desde então.
Luisa Mell é o nome artístico da apresentadora, que se chama Marina Zatz de Camargo. A alcunha, segundo ela, é uma referência à época em que foi vendedora de pão de mel no Bom Retiro, na zona norte de São Paulo, e também uma homenagem ao nome da avó.
O instituto afirma que a mudança ocorreu com a intenção de “despersonificar o trabalho e separar posturas e interesses individuais do propósito do grupo”. Na nota, a entidade afirma que isso ocorreu após diálogo interno e planejamento. Além disso, diz que a equipe se manterá inalterada.
“Ao contrário do que muitos pensam, a Luísa nunca colocou dinheiro algum no Instituto. Nenhuma doação sequer”, escreveu o instituto no Instagram, em resposta a um comentário na rede. “Foi dinheiro das outras pessoas do grupo e de doações que fizeram as coisas funcionarem ao longo desses anos. Vocês podem comprovar isso facilmente solicitado [sic] a ela que mostre qualquer depósito dela para o instituto.”
A nota afirma que o abrigo da entidade —que fica em Ribeirão Pires, na região metropolitana de São Paulo— foi construído com o dinheiro de outra fundadora, em um terreno que foi cedido à instituição.
O Instituto Caramelo afirma que o espaço hoje conta com 200 animais abrigados entre cães, gatos e cavalos. Em setembro do ano passado, era o dobro: 400 bichos, e havia também galos, bezerros e cabras, registrou uma reportagem da Folha.
Foto: Reprodução/Instagram