Investigada na Calvário, nomeação de Cláudia Veras para cargo federal segue critério técnico
A nomeação da ex-secretária de Saúde da Paraíba, Cláudia Veras, para o cargo comissionado de Técnica de Auxiliar de Serviços em Saúde II na Superintendência da Funasa na Paraíba foi um dos assuntos de mais repercussão nos noticiários desta quinta-feira, 4. Em meio a muita especulação, surgiram comentários de que ela teria ligação com o governo de Jair Bolsonaro, o que não procede.
Claudia de Sousa Mascena Veras não chegou hoje à Funasa. Na verdade, ela é servidora efetiva da Fundação Nacional de Saúde, entidade vinculada ao Ministério da Saúde, desde 1990.
Atualmente, é a única enfermeira da Superintendência Estadual do Ministério da Sáude na Paraíba. A função para qual ela foi nomeada diz respeito a uma assessoria técnica específica, relativa à situação da vacinação da Covid.
A nomeação parte de um pressuposto de que, sendo servidora a quase 30 anos da Funasa, ela tem as qualificações e os requisitos necessários para ocupar o cargo.
Em sua passagem por cargos públicos, Cláudia foi uma grande defensora do SUS e tem profundo conhecimento do funcionamento e da operacionalização da saúde pública na Paraíba. Ela é graduada em enfermagem desde 1987, com mestrado na mesma área desde 2007.
Operação Calvário
Cláudia é investigada pela Operação Calvário acusada de participação em um esquema criminoso de desvio de dinheiro em setores da Educação, Saúde e Turismo do Governo da Paraíba durante o mandato do ex-governador Ricardo Coutinho. Alvo de mandado de prisão durante a sétima fase da Operação Calvário, atualmente Cláudia continua obedecendo medidas restritivas de liberdade, como a utilização da tornozeleira eletrônica.
Nesta quinta-feira, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual, deflagrou mais duas fases da Operação Calvário, a décima primeira e a décima segunda.
WSCOM