Já é de foice a briga por vaga na chapa majoritária de João, o tibetano
Continua intensa e cada vez mais ganhando feição de briga de foice em quarto escuro a luta por espaço na chapa majoritária de João Azevedo, um aliado cobiçado pelo imenso acervo administrativo que vem criando ao longo de uma década já que o condutor de fato desta transformação política e administrativa que sofreu o Estado.
Velhas e viciadas lideranças, sem muito ou quase nada oferecer em termos de renovação das praticas políticas, deixaram de lado a discrição e a elegância para trocarem sopapos pela imprensa numa guerra verbal prestes a se configurar desforço físico tal o empenho e anseio para ocupar a única vaga de senador.
A guerra de emboscadas tem se constituído a melhor estratégia e os adversários deixaram o discurso velado para assumir o tom agressivo de “ou eu ou mais ninguém” endereçado ao governador quieto e se fazendo de morto para escapar a essas flechadas políticas.
Um dos ringues usado para um aquecimento da campanha, já a todo vapor, foi o sertão paraibano, onde em caravana o governador João Azevedo percorreu a trilha dos bandeirantes levando os benefícios e avanços que sua operosa gestão vem promovendo e ofertando as regiões paraibanas.
Há bastante tempo catapultado para a corrida eleitoral, o deputado federal Efraim Filho (DEM) abriu o bornal e mostrou as ferramentas, que herdou da família Bento Morais, afirmando em tom alto e até acintoso não admitir concorrência para a vaga única de senador.
As declarações de Efraim foram, quase, nas ventas do provável concorrente o também deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), que detém a metade do espólio eleitoral dos dois maiores redutos do estado, João Pessoa e Campina, onde na capital tem um aliado de primeira ordem no cargo de prefeito, Cícero Lucena.
Em Campina, o sobrinho, vice de Bruno Cunha Lima, Lucas Ribeiro, legitimo herdeiro do latifúndio político que a família constituiu em décadas de atuação de onde os ancestrais pontificaram como protagonistas de episódios que marcaram a história, alguns sangrentos e cruéis, ilustrados por cruzes fincadas nas estradas e veredas do interior paraibano.
A disputa já deixou a elegância de lado e o tom rude e agressivo comprovando que João terá que demonstrar muita habilidade para acomodar esses aliados, belicosos, cada um a oferecer substância para sua candidatura e por isso não podendo ficar de fora da chapa.
Afora a vaga de senador tem a de vice também em disputa acirrada com destaque para o presidente da Assembleia, Adriano Galdino ( Avante), ainda aparentemente só na liça, mas que deve encontrar concorrentes à medida que as eleições se aproximem.
Nessa balbúrdia toda, João não perde a compostura de monge tibetano e vai conduzindo a caravana açulada pelo ladrar dos cães ferozes e esfomeados por poder.