Jean comparece ao programa do governador e tem seu trabalho exaltado; Euler recebeu recomendação da produção para não participar – e não participou
Não parece ter passado em brancas nuvens as provocações rasteiras do comandante geral da PM feitas ao governador João Azevedo. De alguma forma, o estilo jocoso do comandante Euler Chaves parece ter exaurido a paciência do pacato João, que as vezes precisa ver desenhado para entender.
Depois de se exceder em provocações para testar a coragem do governador, revogando decretos e deixando disparar os índices de homicídios, que aumentaram 20% nesse primeiro semestre de 2020, em relação a 2019, pela total ausência de policiamento ostensivo e preventivo, Euler tudo indica recebeu ontem um duro recado do governador que dedicou seu programa de rádio aos avanços da Segurança Pública levando a tiracolo apenas o secretário Jean Nunes.
Informações de bastidores indicam que o comandante foi advertido que somente o secretário participaria do programa, o que foi confirmado pela ausência da farda, do coturno e do colete ridículo que ele ostenta para disfarçar sua nenhuma experiencia operacional, já que passou a vida toda encerando maçanetas.
O programa foi dedicado em grande parte a exaltar os feitos da segurança no período da gestão de Jean Nunes, um secretário que destoa do estilo do passivo Claudio Lima e que nunca dá as costas para o fogo amigo sempre atento as investidas cavilosas e insidiosas de figuras que se escondem nos bastidores para surrupiar o filé do cardápio.
A ausência de Euller ao programa teve várias interpretações, mas todas concluindo que as escaramuças nas quais é mestre estariam esgotando o Governo e chegando ao fim, e seu tempo esgotado por prazo de validade vencida.
Os avanços conquistados por Jean Nunes a frente da Segurança poderiam ter sido mais consistentes se o desempenho do comandante geral tivesse acompanhado seu ritmo, o que fica evidenciado não ter ocorrido pela disparada dos homicídios e do roubo ao patrimônio, cujos resultados ficam sob a responsabilidade da Polícia Militar no que diz respeito ao policiamento ostensivo e preventivo.
Pelas fotos que ilustram a publicidade oficial fica claro que o oportunismo delirante do coronel Euler foi podado já que as ações ficam sem a sua mórbida vocação para o estrelismo.
A pirotecnia, que caracterizava seu comando e que enfeitou a gestão de Ricardo Coutinho com efeitos especiais que só o cinema seria capaz de promover, foi castrada e a sua inclinação para o mocinho da fita interrompida bruscamente.
O não comparecimento de Euler ao programa teria sido uma recomendação da produção dos estúdios João Azevedo.