João Azevedo mostra aptidão e estômago para conviver nos lixões da política; intervenção em Bayeux pode ser contestada nos tribunais
A Teoria da Intervenção em Bayeux não encontra respaldo junto a certos profissionais do Direito. Segundo essas vozes, a renúncia do ex-prefeito Berg Lima inviabiliza esse procedimento e transfere para a Câmara o poder de decidir o futuro da cidade, que pode mudar o nome para Chicupira: uma mistura de Chicago com Sucupira.
Nada, nada mesmo escapa no mundo político de Bayeux – todos absolutamente todos com sua contribuição para afundar a cidade na lama em que se debate atualmente.
O atual prefeito, Jeferson Kita, exibe por troféu a atualização do pagamento dos servidores como se isso não fosse obrigação e sua intimidade política, gravada em áudios e vídeos, sinaliza para práticas como as famosas rachadinhas, que alcançariam todos os integrantes do poder legislativo de Bayeux, sem exceção, segundo farto material que foi endereçado ao portal, onde vereadores, em tom jocoso, comentam e criticam o método truculento do prefeito de cobrar a propina.
Bayeux se tem mostrado um cancro com o mesmo grau de infecção que dizimou a classe política de Cabedelo e que proliferou nos últimos anos na região metropolitana da capital, onde os escândalos envolvendo prefeitos e parlamentares mirins tornou-se uma constante nos noticiários com repercussão nacional.
Não há absolutamente inocentes em Bayeux e a espada da Justiça pode ceifar cabeças sem medo de cometer injustiças.
As incensadas vindas do Palácio da Redenção não absolvem ninguém muito pelo contrário comprometem mais ainda pelas sombras que anuviam aquele recinto ainda prenhe da organização criminosa que comandou esse estado por oito anos e que se mantém viva, influente e atuante, devorando aceleradamente o que restaria de probidade dessa gestão.
A tênue e frágil probidade pessoal do Governador já não serve mais para ampará-lo na vida pública e sua tibieza, diante dos desafios e da necessidade de moralizar sua gestão, o atiraram nesse mar de lama fazendo dele, a cada dia, um legitimo herdeiro do legado nefasto que Ricardo deixou.
E o cenário contaminado de Bayeux cai como luva para João se aprimorar nesse mundo sombrio de conchavos indecentes, onde cabe tudo menos a moralidade pública.
E de onde João começa mostrar aptidão e estômago para conviver nos monturos da política.