João e Cícero ofereceram a JP a alternativa da maturidade para derrotar a fraude
Ninguém foi mais cirúrgico na avaliação do processo eleitoral do que o elegante Heron Cid na sua coluna –João e o apoio decisivo – ao atribuir ao governador Joao Azevedo aquela pitada que deu gosto ao cardápio político de 2020, quando selou uma aliança com o ressurgido Cícero Lucena e concretizou a vitória com margem de votos que, se não foi estrondosa, foi suficiente para sinalizar alternativas futuras, onde a maturidade dita as regras do jogo.
A união Cícero João tem aquele sabor de um prato cuja mistura é velha conhecida, porém sempre exigido na mesa pela simplicidade e tradição, que faz a festa dos mais variados apetites, exatamente igual ao feijão com arroz.
Os dois exibem aquela humildade que a experiência impõe e que a politica exige dos políticos comprometidos com o povo; e foi essa receita de perfis que levou Cícero à vitória numa disputa onde detalhes fizeram a diferença.
Sempre discretos, João e Cícero enterraram um período onde a intransigência servia de ingrediente aos cardápios políticos e a truculência guiava a caneta oficial.
Foi à base do diálogo que construíram a aliança, driblando os obstáculos e as resistências, chegando a vitória numa disputa onde os ataques rasteiros pipocaram com intensa violência.
O eleitor optou pelo equilíbrio, pela serenidade ao depositar na urna o nome de quem já tinha tradição, de quem já percorreu os caminhos da gestão pública, por quem conhecia cada rua, cada esquina, cada problema e sua respectiva solução.
Ganhou Cícero, ganhou João e ganhou a cidade de 400 anos.