Livânia expõe as chagas da gestão de RC e TCE encontra irregularidades na compra do Acauã
Haveria mais carne por baixo desse angu se as investigações sobre a compra do Acauã mergulhassem nos detalhes que envolveriam essa compra nebulosa, onde protagonistas envolvidos na Operação Calvário, delatados como responsáveis pela escolta do dinheiro roubado aos cofres públicos, conduziram a transação atropelando o edital.
Um ente já falecido teria sido o grande estimulador da compra de uma aeronave de condições de uso precárias onde ao fim da transação ficou claro que o Governo comprou gato por lebre.
A história circula nos bastidores como exemplo do refinamento e da ousadia do esquema que agia nos subterrâneos de uma gestão que terminou respondendo por formação de quadrilha.
A compra do helicóptero delinearia o esquema que envolvia a participação de militares de alta patente nas ações criminosas da gestão passada e apontaria para a extensão dessas relações espúrias que, se bem investigadas atrairia para o olho do furacão alguns sacripantas ainda encobertos por razões misteriosas.
Livânia representa um paiol de ameaças a integridade moral de muita gente que se apressou visita-la no cárcere numa ameaça velada que não escapou a argúcia do juiz.
Além do helicóptero haveria outras questões que não foram abordadas, mas que sugerem ser um terreno pantanoso: as locações de automóveis, por onde teria jorrado dinheiro aos borbotões.
Há muita coisa ainda a ser investigada e que as delações não ousam revelar por medo das retaliações, já que os setores mais tenebrosos da Orcrim continuam intocáveis e insondáveis desde que relações de amizades do passado determinam a marcha das apurações.
Livânia precisa ser protegida e bem protegida porque ela pode arrancar a máscara de muitos hipócritas.
Irregularidades na compra de helicóptero e privilégios ao Manaíra Shopping fazem TCE reprovar contas de Livânia Farias
A ex-secretária de Administração na gestão Ricardo Coutinho, Livânia Farias, teve suas contas julgadas como irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). O julgamento das contas referentes à gestão do ano de 2013 aconteceu nesta quarta-feira (02) de forma remota.
A principal irregularidade encontrada nas contas da Secretaria de Administração em 2013 é o processo de licitação que foi realizado para a aquisição de um helicóptero.
De acordo com o parecer do Ministério Público de Contas, assinado pela subprocuradora-geral Isabella Barbosa Marinho Falcão, o Estado da Paraíba adquiriu um helicóptero ano 2007, fornecido pela empresa ganhadora da licitação. No entanto, o edital do pregão solicitava uma aeronave do ano 2009, tendo inclusive uma empresa sido desclassificada por oferecer cotação de modelo do ano 2008.
“A celebração de contrato com descumprimento das exigências previamente estabelecidas no edital representa afronta aos princípios basilares que regem a licitação, dentre os quais o da isonomia entre os licitantes, porquanto aquele que atendeu às condições editalícias pode ser preterido pelo que apresentou melhor proposta desrespeitando-as”, considera a subprocuradora-geral em seu parecer.
Além de irregularidades no processo de licitação para compra do helicóptero, também foi constatada ausência de requisitos legais para um contrato de aluguel da Casa da Cidadania do Shopping Manaíra, assim como a falta de justificativa para privilégio de reconhecimento de dívidas referentes ao mesmo shopping (proc. 03794/14), exercício 2013.
A sessão ordinária do TCE-PB realizada de forma remota nesta quarta-feira (02) foi conduzida pelo conselheiro Fernando Rodrigues Catão. Na formação do quorum estiveram presentes os conselheiros Antônio Nominando Diniz Filho, Arnóbio Alves Viana, André Carlo Torres Pontes e Antônio Gomes Vieira Filho. Também os substitutos Antônio Cláudio Silva Santos, Oscar Mamede Santiago e Renato Sérgio Santiago Melo. O Ministério Público de Contas esteve representado pelo procurador geral Manoel Antônio dos Santos.