Morre, aos 82 anos, o cantor e compositor paraibano Vital Farias
O cantor e compositor paraibano Vital Farias morreu, aos 82 anos, nesta quinta-feira, vítima de problemas cardíacos. Ele estava internado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita. Em 2021, ele sobreviveu à Covid-19.
Natural de Taperoá, o artista se mudou para o Rio de Janeiro em 1970, onde teve formação profissional em música e gravou seu primeiro disco, que leva o seu nome.
Ele fez seus primeiros estudos em casa, com seus irmãos mais velhos, lendo folhetos de cordel, ainda na Pedra D’Água, nome do sítio onde nasceu, no dia 23 de janeiro de 1943. “Embora no início dos anos 1960 Vital Farias já compunha e já se sentia um cantador, foi somente em 1978 que grava seu primeiro álbum fonográfico. O trabalho foi reconhecido por toda crítica brasileira, inclusive, por uma das autoridades de maior rigor, o escritor José Ramos Tinhorão”, conta o pesquisador Omar Jubran, numa entrevista que concedeu ao Jornal da USP.
No Rio de Janeiro, em 1975, Vital participou da peça Lampião No Inferno, dirigida por Luís Mendonça. “Em paralelo, seguia seu sonho de poeta-cantador, compondo, participando das questões sociais e políticas do Brasil, chegando a participar da peça Gota D’Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes”, diz o pesquisador, informando ainda que em 1981 Vital Farias formava-se na Faculdade de Música, do Rio de Janeiro.
Alguns dos sucessos de Vital Farias: “Ê mãe”, em parceria com Livardo Alves e gravada por Ari Toledo; “Canção em dois tempos”; “Ai, que saudade d’ocê”, grava também por Elba Ramalho, e “Veja”, sucesso interpretado, também, por Geraldo Azevedo.