Na avaliação de aliados, João estaria demorando despejar a borra socialista na lixeira
Não há menor dúvida quanto à competência administrativa do governador João Azevedo, esbanjando aprovação do litoral ao sertão, conforme números colhidos na intimidade da Secom, apenas ventilado em conversas discretas, que confirmam o rumo certo da gestão, apesar dos abalos políticos e policiais que atingiram a couraça do PSB de forma devastadora, revelando aspecto até então desconhecido, obrigando a decisões firmes para não soçobrar em meio à tempestade que desabou com as investigações do Gaeco.
Há um esforço visível da parte do Governo para não dimensionar as investigações que revelaram a organização criminosa infiltrada dentro do partido e ainda latente na gestão, onde nada foi removido e tudo permanece como dantes, criando uma expectativa quanto aos desdobramentos da Operação Calvário, cujos resultados mostram a profundida da infiltração do grupo criminoso e a vulnerabilidade do governador ao esquema existente na gestão passada já que hesitante em usar a caneta e o diário e antecipar a faxina que o Grupo de Combate a Corrupção vem fazendo para gáudio de uma opinião pública, estarrecida e perplexa com tanta indecisão para se remover as laranjas podres do balaio socialista.
Não tem como se atribuir a crise interna do PSB apenas aos aspectos políticos, inerentes aos acordos de campanha e resultado da superlotação promovida pelo governo passado, incrustado na máquina administrativa como ostra e agindo como se o estado fosse uma propriedade privada destinada a um grupo privilegiado como nos tempos da monarquia, onde uma nobreza política se eternizava beneficiada pelos desígnios da Coroa.
Ela passa principalmente pelos aspectos policiais, que evoluíram de forma arrasadora e tiveram efeito devastador na Opinião Pública haja vista a despencada que sofreu o líder maior do partido, Ricardo Coutinho, no conceito popular reduzido à condição do político que calça 40, igual aos demais que tanto combateu e tripudiou enquanto sua verdadeira face não foi revelada aos crédulos eleitores, pelas investigações do Gaeco, cujo andar da carruagem, não tão distante dele como sonha e torce o que resta do PSB.
A rotina administrativa de João, repleta de investimentos, inaugurações e lançamentos, não seria suficiente para abafar os desdobramentos das investigações, cada vez mais no interior de sua gestão, e só o recurso da caneta e do diário pode satisfazer o clamor público pelo desembarque da matilha que ainda permanece na sua gestão por efeito da política de continuidade completamente falida e desmoralizada, emprestando ao seu Governo uma pestilência que a sua agilidade administrativa não comporta não admite nem suporta
O que o governador precisa urgentemente é aproveitar a empatia estabelecida com a sociedade e mandar para latrina essa borra que persiste na sua gestão e renovar de vez o quadro de auxiliares, convocando gente com reputação e capacidade para dar continuidade ao que ficou de bom do passado.
Deputados de sua base já aconselharam o governador convocar o Gaeco ver quem está na mira e se antecipar as investigações, usando a caneta e o diário como ingredientes de limpeza.