Nada nem ninguém segura o coronel cuja fome pantagruélica devorou 66 toneladas de pão
Todas as denúncias que rolam no noticiário contra a gestão do comandante geral da Polícia Militar, coronel Euler Chaves, revelam o grau de promiscuidade estabelecido nos oito anos de Governo de Ricardo Coutinho, onde o comandante manteve-se impávido e intocado apesar da robustez das provas apresentadas.
Não apenas o ex-governador Ricardo Coutinho ignorou solenemente os descalabros da gestão do militar, mas também órgãos como o TCE e o próprio Ministério Público que absorveu a indiferença do ex-governador e jamais moveu um dedo para apurar a farra com o dinheiro público investido em pantagruélicas compras de pão e de outros gêneros alimentícios que, se distribuídos dariam para alimentar 1/3 da população paraibana.
A complacência e a conivência do ex-governador já se faz entender depois que a Operação Calvário expos os intestinos de sua gestão, mostrando que a voracidade canina do coronel não se comparava a do chefe empenhado em abocanhar fatias mais gordas do erário, cujas cifras alcançaram o bilhão.
Diante de tudo o que foi exposto pela Operação Calvário, onde as ratazanas da ocrim empenhavam-se em dividir os muitos milhões sangrados da Saúde e da Educação; espatifar pão e água seria uma atividade secundária, concedida ao baixo clero da organização para partilhar entre eles, e saciar a fome e a sede das catitas.
As investigações revelaram e comprovam que, um governo empenhado em sangrar os cofres públicos, não teria autoridade para conter muito menos punir quem desviasse migalhas do botim principalmente se essa tropa de elite também servisse para dar garantias ao transporte desse dinheiro nebuloso e de origem criminosa.
Porque é lícito supor que essa atividade de dar cobertura, de oferecer escolta ao dinheiro da propina, não tenha se extinguido com a morte do coronel Chaves delatado pelo preso Leandro Azevedo.
Ninguém, em sã consciência pode acreditar que a fatalidade que matou o coronel Chaves tenha posto um ponto final nessa atividade criminosa e o coronel só não está fazendo companhia a Ivan Burity na prisão, porque morreu, mas deve ter deixado substituto à altura, treinado nos subterrâneos da organização, e capaz de dar continuidade ao serviço de escolta que garantia o dinheiro dos espertalhões socialistas.
Todo esse descaso com as denúncias sobre os descalabros promovidos e que deram de comer e de beber a quem tem muita sede e muita fome, só pode ser relacionado a toda essa estrutura criminosa, que funcionava por detrás do projeto socialista, uma reedição do famoso “rouba mais faz” do lendário Ademar de Barros, governador paulista que ensinou Maluf subir de costa em parede.
Como um governante pode punir um coronel que adquiriu e distribuiu quase 70 toneladas de pães, algo em torno de 1,3 unidades, suficientes para alimentar 1/3 dos paraibanos, quando integrantes de sua gestão, da sua maior confiança, desviavam 1 bilhão de reais dos hospitais e dos colégios paraibanos?
Como punir os homens que faziam a escolta do dinheiro surrupiado, aqueles que não apenas escoltavam como delatou Leandro Azevedo, mas também contribuíam para o propinoduto?
Nunca!
Além de serem empregados em outras atividades clandestinas, como espionagem, confirmada por relatórios da inteligência da SSP, e que tem deixado muita gente da casa Militar com os nervos a flor da pele, já que teriam sido interpelados pelo próprio governador a respeito do assunto.
Toda essa atividade, que superlota os dossiês da caserna, jamais foi punida e se o governador João Azevedo não sair da passividade em que se encontra em relação a esses desmandos, pode ser visto como conivente ou cúmplice dessa quadrilha que vem sendo desbaratada pelo Gaeco.
É hora de agir.