Navegar é preciso, mudar também é preciso; governador pode iniciar a dança das cadeiras
Ano novo vida nova, essa a grande esperança que move a humanidade e que faz com que ela se congratule e se confraternize nesse período do calendário. Desejos de mudanças invadem a alma de homens dos mais diferentes quadrantes e idiomas, porém, todos falando a mesmo língua de paz e prosperidade.
Na Paraíba não podia ser diferente e uma conversa sobre mudanças andou alimentando uma troca de confidências entre autoridades de dois Poderes: e um segredou ao outro que pretendia mudar sua equipe de Governo para dar mais celeridade e autonomia a sua gestão.
Como sempre a conversa por mais reservada chegou ao conhecimento de terceiros e a expectativa sobre quem entra e quem sai invadiu as ruas , principalmente os gabinetes onde estão alojados os maiores interessados nesse desfecho da dança das cadeiras, quase sempre um tormento para uns, e motivo de euforia para outros.
Na troca de confidências firmou-se a certeza de que, é preciso mudar para oxigenar uma máquina cuja ferrugem já corroeu muitas peças, algumas tão corroídas que já não funcionam mais faz tempo e a necessidade de reposição se faz urgente apesar das cambiaras que pretendem dissimular o desgaste.
Entre um e outro cafezinho saboreado remotamente para não quebrar as regras sanitárias, mas também para não ignorar as exigências da etiqueta uma convicção dominou o papo: tem gente que está há tanto tempo no posto que esqueceu o endereço de casa.
Na conversa de fim de tarde ficou determinado que essa varredura seria agora na última semana do ano para não se perder mais tempo do que já se perdeu. E assim, reduzir o estrago que a falta de manutenção tem causado a setores essenciais e indispensáveis da administração estadual que vem retornando a patamares calamitosos, em áreas como a segurança pública, cujo engessamento tem dificultado a adoção de medidas emergenciais e profiláticas.
Um dos interlocutores – o mais interessado – já exaustivamente advertido da urgência de mudar, até porque as velhas peças já não inspiram confiança e precisam ser removidas para que a oxigenação natural imprima um novo ritmo ao sistema.
Mesmo relutando, o bravo governante reconhece que mudar é preciso tanto quanto navegar.
Vem novidade por aí.