O Conde não mudou e as cobras continuam habitando o paraíso; venda irregular de terrenos confirma o que foi denunciado na gestão de Tatiana
O Conde não mudou com as urnas como se pretendia. Trocou as saias e as anáguas, a maquiagem e os cosméticos, mas na essência continua o mesmo com sua incrível vocação para as trampolinagens de bastidores, onde velhos personagens retornam ao palco para representar seu eterno papel de vilão.
Com a consagração pelo voto popular convencido o eleitor de que, o retorno ao passado seria melhor do que o presente atrelado as tornozeleiras eletrônicas, velhas e conhecidas figuras, das reiteradas mutretas e trambiques, assumiram o protagonismo do trágico espetáculo da corrupção endêmica e ressurgem na ribalta.
Trazido pelo voto, reassume o mandato um velho conhecido do cenário de trambiques, o irrecuperável vereador Léo Carneiro que, para não destoar de sua conturbada trajetória, começa traindo a prefeita ao votar na oposição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Logo em seguida, Léo mostra que, não apenas o vice-prefeito da cidade tem capacidade para promover escândalos, mas ele, também, acusado pela cunhada de participar e liderar um esquema de vendas de terrenos, irregulares, onde cada lote teria dois ou mais donos.
A cunhada, imprensada pela polícia, confessa ser laranja do vereador e que teria assinado uma série de documentos nesse sentido onde a boa-fé dos compradores teria sido lograda com a providencial ajuda do Cartório Lopes Carneiro cuja tabeliã vem ser esposa do parlamentar e figurinha carimbada dessas mutretas desde quando parceira de Rosely Gomes, ex-secretária da gestão de Tatiana Correia, tutora de Geranil Lundgren de quem teria dilapidado a herança.
Essa história de trambiques foi narrada anos atrás pelo Jampanews detalhando como e quando esse festival de estelionato comprometia a imagem do setor imobiliário do Litoral Sul e quase destroçava o patrimônio deixado pela viúva de Almir Correia, além de promover uma briga judicial patrocinada pelos herdeiros lesados.
O cartório estranhamente mantém a tabeliã no cargo mesmo sem concurso como determina a Lei e agora foi escalada também para ser tabeliã de Registro de Imóveis, revelando uma influência descomunal, já que teria de ser substituída por alguém concursado.
Marilene Lopes estar sendo acusada de estelionato pelo Ministério Público, e a audiência marcada para breve. Ela, Tatiana e Rosely terão muito o que explicar sobre a venda de terrenos irregulares no Litoral Sul.
As urnas trouxeram de volta esses personagens de nebulosa participação para dentro do Conde, mais uma vez.
Rosely, depois de um tempo sumida, retorna pelas mãos de Tatiana, agraciada com licitações para a venda de quentinhas, provando que nada mudou e que as cobras não deixaram o paraíso de Jacumã.