Ofício da PGR teria estimulado enxurrada de fake News; procuradores foram orientados colher material que incriminasse governadores determinados combater a pandemia
O clima de terror e apreensão já foi instalado no país desde que o militarismo foi empossado de forma ainda pálida, mas já incisiva na vida pública brasileira com demonstração de idolatria ao verde oliva onde alguns idiotas aproveitaram da pandemia para se ajoelhar aos pés dos coturnos, implorando intervenção militar.
Cenas patéticas de imbecis vestidos de verde-amarelo enfrentando chuva e o desprezo da imensa maioria silenciosa para rastejar nas calçadas dos quartéis, alardeando um patriotismo que não sabem o significado.
Mas, não foram apenas eles, que ameaçaram a democracia tenra, que ainda sobrevive no território verde-amarelo. Outros, mais destacados e em posições verdadeiramente estratégicas também sinalizam para o terror da ditadura, cujas lembrança dolorosas ainda não se apagaram definitivamente da memória nacional.
Por trás das fakes News tem todo uma estratégia de demolição das instituições brasileiras que, precárias ou não ainda mantêm de pé o Estado de Direito Democrático mesmo cambaleando, tropeçando em escândalos, como pode ser visto no dia a dia do Judiciário brasileiro.
Mas nada que autorize um borra-botas vociferar contra elas, na defesa de cupinchas e familiares como vem fazendo o ferrabrás do presidente Bolsanoro acreditando ter o apoio incondicional das Forças Armadas.
No rastro desse festival de fanfarronices e bravatas a Procuradoria Geral das República cujo ocupante não recebeu o aval dos pares, e se mostra solicito, cúmplice e submisso aos arrotos de valentia do furriel fardado.
Há muito que ele se mostra omisso e complacente com as Fakes News inclusive com ações que pedem o arquivamento da CPMI do Congresso e já deu mostras que pode instrumentalizar o órgão para prestar serviços nada republicanos ao presidente fanfarrão.
Aras estaria iniciado um movimento para enquadrar governadores que destoam da política genocida sugerida pelo presidente para enfrentar a pandemia, o que explicaria a enxurrada de fakes News nos estados, em particular aqui na Paraíba, onde os corvos pousados no Gabinete do Ódio deram início a uma campanha ignóbil contra as medidas implantadas pelo Governador João Azevedo empanturrando o noticiário com mentiras que agora se sabe poderiam servir para alimentar os relatórios da PGR, voltados para incriminar o governador com base nas fake News produzidas.
Como esses abutres não recuam diante de nada as mentiras explodiram numa profusão de epidemia que chamou atenção e o governo tratou de refutar e restabelecer a verdade já receoso das intenções vis, que inspiraram essa estratégia de difamação e entulhou o noticiário do Estado, em tom sensacionalista e criminoso, e tratou de encaminhar para a CPMI do Congresso o vasto material que poderia ter por objetivo abastecer os relatórios de Augusto Aras.
Não se pode afirmar que isso seja um plano para comprometer governadores, mas diante da reação violenta do presidente e de seus asseclas com a operação autorizada pelo Ministro Alexandre Moraes para investigar supostos envolvidos na produção de Fake News, e do oficio encaminhado pela PGR para os procuradores estaduais colherem todo e qualquer material que possa incriminar os chefes de Executivos estaduais prevenir é sempre melhor do que remediar e com certeza vai se tirar o queijo do bico dos corvos.
Ainda em abril, a Procuradoria-Geral da República emitiu um ofício circular para as procuradorias dos estados para que mantivessem o órgão informado sobre notícias de ilícitos envolvendo governadores durante a crise do novo coronavírus.
Segundo documento expedido em abril, a subprocuradora-geral, Lindôra Araujo, solicitou a remessa de “todas as notícias de fato/procedimentos/documentos envolvendo governadores” à PGR.
Por meio de sua assessoria, Aras informou que o ofício não foi para que as Procuradorias “mantivessem a PGR informada”. “O ofício foi para que as Procuradorias remetam à PGR os procedimentos envolvendo governadores de Estados que indiquem a existência de ilícitos.
Está ai o gato escondido com o rabo de fora.