“Mesmo que grande maioria das pessoas trabalhem em locais fechados, especialmente com a evolução das tecnologias e uso majoritário do computador para realização de tarefas, é essencial que as empresas pensem como dar assistência para os colaboradores que realizam tarefas externas. As soluções para ambientes internos podem ser mais óbvias, como a climatização dos espaços, mas o cuidado com quem realiza demandas externas é tão importante quanto”, enfatiza Augustine.
Neste sentido, os entrevistados foram perguntados sobre as formas como as empresas em que atuam dão suporte para enfrentar os dias de trabalho no calor com qualidade. A climatização dos ambientes internos, que disponibilizam ares condicionados na empresa, foi indicado por 57% dos respondentes; o estímulo da hidratação dos colaboradores com a instalação de bebedouros ou distribuição de garrafas de água, corresponde a 26% das respostas; 25% disponibilizam ventiladores nas instituições; e 17% permitem que os trabalhadores usem roupas ou uniformes mais leves, e 8% permitem a flexibilidade nos horários de trabalho para que os colaboradores possam evitar os momentos mais quentes do dia. Para as atividades externas, apenas 12% oferecem equipamentos adequados para o calor, como protetor solar, óculos de sol e chapéu.
“Pode-se perceber que é baixíssimo o cuidado que as empresas têm em relação à disponibilidade de equipamentos adequados para colaboradores que realizam trabalhos externos. Essa já era uma pauta importante para receber atenção das instituições, e deve ter cada vez mais relevância com o aumento das temperaturas. É essencial que itens como protetor solar e chapéu virem artigos básicos para estes trabalhadores”, analisa Augustine.
E como fica o home office?
Depois do boom do trabalho remoto, que virou queridinho de muitos, também se tornou indispensável pensar na adequação dos ambientes de trabalho montados em casa. Com as temperaturas elevadas, muitos profissionais acabam optando por ir trabalhar presencialmente na empresa e aproveitar o clima mais ameno em função do ar condicionado, o que já demonstra que nem todo escritório montado em casa está preparado para os dias de calor. Porém, esse movimento não é possível em todas as empresas, uma vez que algumas delas podem não possuir sede física ou estarem localizadas em outra região do país, ou mesmo do mundo – possibilidade que é tida como uma das principais vantagens do trabalho remoto.
Assim, mesmo que nos direitos de quem trabalha em home office esteja prescrito que a disponibilidade de equipamentos e de auxílio com custos de energia e internet sejam pontos a serem tratados no momento de contratação, é importante que as empresas estejam atentas ao bem-estar do seu time, mesmo que à distância. Em relação aos empregos no formato home office, 6% das empresas ajudam com os gastos relacionados ao consumo de energia dos produtos para o calor, e 6% providenciam os produtos para enfrentar o calor, como ar condicionado e ventilador.
“Em relação ao home office, podemos ver que ainda há muito o que se evoluir. Embora a tendência atual seja de retorno ao trabalho presencial, não se pode ignorar que esta faixa de trabalhadores se manteve e é muito significativa. Mesmo que não seja uma obrigação das empresas fornecer produtos como ar condicionado para os colaboradores que trabalham de casa, essa certamente é uma valorização e um cuidado que fará com que o trabalhador se sinta reconhecido e se mantenha saudável, além de garantir o rendimento em suas tarefas”, acrescenta Augustine.