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Ômicron é predominante na PB entre amostras sequenciadas pela Fiocruz. Mais de 100 casos confirmados

O jornal A União trouxe, neste sábado, matéria com informações exclusivas da Fiocruz, assinada pela jornalista Ana Flávia Nóbrega. Veja a seguir:

A Paraíba chegou a marca de mais de 100 casos confirmados para a variante Ômicron sequenciados pela Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O Estado possui confirmação de contaminação comunitária desde a primeira quinzena de janeiro, mês em que a nova variante já se apresenta como predominante entre as amostras sequenciadas.

Em dezembro foram sequenciadas 51 amostras para a variante Delta, sendo 47 da linhagem AY.99.2 e quatro do AY.B.1.617.2. Outras sete amostras foram confirmadas para a variante Ômicron, sendo quatro da linhagem BA.1 e três do tipo BA.1.1.

Já em janeiro, todas as amostras sequenciadas com resultados públicos mostram a variante Ômicron como predominante no Estado. Até o momento aparecem no mapa de variantes os tipos BA.1 e BA.1.1.

Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro caso de contaminação pela variante Ômicron no Brasil ocorreu no mês de dezembro, na cidade do Rio de Janeiro com sintomas iniciados no dia 12 do mesmo mês. A Paraíba, no entanto, teve a confirmação de caso da variante no dia 11 de novembro, na cidade de Alagoinhas, com sequenciamento divulgado nesta quinta-feira através de nota técnica.

A variante passa a ser predominante nas amostras sequenciadas nas últimas semanas de dezembro e início de janeiro. Entre o total de resultados recebidos em 2022, 182 amostras confirmam casos da variante Ômicron distribuídos entre 26 municípios paraibanos, ressaltando a caracterização de transmissão comunitária.

Foram identificados casos em Itaporanga (47); João Pessoa (46); Frei MArtinho (19); Campina Grande (11); Monteiro (6); Guarabira e São José do Brejo do Cruz (5); Sousa, Barra de São Miguel, Cabedelo, Santa Luzia, São bento (2); Cajazeiras, Alagoinhas, Pitimbu, Olivedos, Cacimba de Areia, Várzea, Riacho dos Cavalos, Piancó, Pedra Branca, Picuí, São Bentinho e Itabaiana (1).

O maior número de casos identificados para a variante Ômicron possuem predominância na faixa etária de 20 a 29 anos, com 46 amostras (25,3%). Entre o sexo, a maioria dos casos são observados no feminino com 113 amostras (62%) das 182 sequenciadas.

Um total de 179 casos, o equivalente a 98,3% das amostras sequenciadas, apresentaram um quadro leve de síndrome gripal (SG). Outros três pacientes apresentaram quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com histórico de internação para tratamento, todos tiveram evolução para cura.

Entre os infectados já confirmados, 48,3% possuíam esquema vacinal incompleto ou não haviam recebido nenhum tipo de imunizante contra a doença.

A nota técnica informa ainda que foram identificados seis casos de reinfecção pela variante Ômicron entre pacientes de João Pessoa (3 casos), Itaporanga (2) e Teixeira (1).

A Secretaria de Estado da Saúde, através da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, continua no trabalho ativo para captação de casos prováveis e, acompanhará as investigações dos casos junto aos municípios, qualificando essas informações e emitindo novas notas.

A nota assinada por Talita Tavares, gerente executiva da Vigilância em Saúde, é finalizada com uma recomendação para a população em geral.

“Mais do que nunca é importante evitar aglomerações, o uso da máscara, lavagem das mãos e monitoramento dos casos. Reforçando junto aos gestores municipais, que também é necessário a busca ativa daqueles que não tomaram a segunda dose ou a dose de reforço, não concluindo o esquema vacinal”, afirmou.

Outras 76 amostras foram confirmadas para a variante Delta, chegando ao total de 1.114 casos distribuídos por 124 dos 223 paraibanos.

Desde o início da pandemia, o sequenciamento das amostras com alta carga viral coletadas na Paraíba é realizado na Fiocruz, bem como o de vários outros estados. Através da Rede Genômica, as amostras são avaliadas e sequenciadas para que as variantes e linhagens sejam identificadas. Pela alta carga de amostras, o resultado do sequenciamento costuma demorar entre 15 e 20 dias.

FONTE: JORNAL A UNIÃO – 12/02/2022

Matéria assinada por ANA FLÁVIA NÓBREGA

FOTO: PEXELS

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