Oportunistas, incendiários e sacripantas se superam na disputa para iludir a boa-fé alheia
Há uma característica significativa e que distingue as lideranças da segurança pública. Umas sem mandatos, mas com a projeção concedida pelos muitos embates em defesa das categorias de policiais civis e militares, e que, por esse desempenho, assumem a representatividade e a legitimidade do setor.
Outras, com mandatos, porém, sem o devido respaldo, já que toda contribuição estaria restrita ao discurso político sem consequência e muitas vezes inconsequente de cunho essencialmente oportunista cujo discurso incendiário e práticas belicosas assustam até quem simpatiza com o radicalismo.
Afora, aqueles oportunistas que esperam um momento, às vezes de dor, para saírem das trevas onde habitam e apresentar um desempenho desmentido pela mediocridade consagrada e enaltecida que se atesta e se confere sem maiores contestações.
Os primeiros, são aqueles que travam batalhas diárias em defesa das categorias e conseguem vitórias expressivas como a Bolsa Desempenho, e que realmente se utilizam da serenidade para conduzirem os embates sem açodamento e sem excessos e que no êxito sabem dividir os méritos, ao exemplo das verdadeiras lideranças entrincheiradas em entidades como o Clube dos Oficiais e a Caixa Beneficente, as mais destacadas e de maior representatividade.
Outros são reconhecidos e reputados oportunistas cujo discurso demagogo prevalece por um tempo, mas que o próprio tempo se encarrega de desmoralizar mostrando a inocuidade do que professam e propalam já que eméritos pescadores de águas turvas cuja maior especialidade é tocar fogo no mar para comer peixe assado.
Esses jogam o lixo de onde moram para debaixo do tapete quando não atiram por cima do muro do vizinho.
São os radicais de todos os lados, abastecidos por mentiras e meias verdades, que sempre apostam no quanto pior melhor e cujo prazo de validade se esgota rápido como consequência do radicalismo e da tendência para cuidar do próprio umbigo.
E os piores são os sonsos, os que vivem a vida toda atrás de trincheiras de onde possam cuidar dos seus interesses, atrás de projeção para tentar polir uma imagem desbotada pela incompetência e pela falta de decoro.
Esses se empenham para ocupar entidades que, na prática servem apenas para fazer turismo e confraternizações, onde se gasta o dinheiro público com passagens e estadias.
Eles aproveitam a credulidade – e às vezes a ganância de certos “oráculos” – para enviar mensagens cujo teor seria de consolo ao luto que se abate em algum lar aproveitando a repercussão que a dor espalha para exibir a vaidade doentia que os caracteriza.
Tem momentos que a serenidade e a solidariedade assumem a cara do cinismo.