Paraíba descarta 20 casos suspeitos de Monkeypox entre os investigados
A Paraíba teve 20 descartes de casos suspeitos de Monkeypox, ou varíola dos macacos, que estavam em investigação nesta quinta-feira. Segundo dados disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), o estado chegou a 37 descartes e segue com apenas um caso confirmado, desde o dia 4 de agosto. Além disso, outros 51 estão em investigação, com acréscimo de três novos casos suspeitos entre quarta-feira e ontem. Ao todo, 89 notificações totais foram informadas.
Os casos em investigação estão distribuídos entre 28 dos 223 municípios paraibanos. João Pessoa tem a primeira confirmação de caso e, também, concentra a maioria dos registros em investigação, com 30 pacientes aguardando diagnóstico, além de 18 casos descartados. Também apresentam casos em investigação os municípios de Santa Rita (cinco casos); Nova Palmeira e Picuí (dois casos cada); Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, Gurinhém, Itatuba, Lucena, Massaranduba, Monteiro, Princesa Isabel, Pedro Régis e Soledade (um caso cada). Sousa, Araçagi, Belém, Coremas, Cruz do Espírito Santo, Gurinhém, Lagoa Seca, Mamanguape, Mogeiro, Monteiro, Mulungu, Rio Tinto e São João do Cariri tiveram um descarte de casos suspeitos cada. Campina Grande, Ingá e Santa Rita registraram dois descartes cada.
Todas as amostras foram enviadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) para o laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Em função da alta carga de casos suspeitos em todo o país, concentrados no laboratório, o diagnóstico é postergado A última atualização com elucidação de casos ocorreu na última sexta-feira, destacando descartes de casos.
A maioria da população acometida entre os casos em investigação tem de 20 a 29 anos, com 13 casos em investigação, 15 já descartados e um confirmado. A faixa etária de 30 a 39 anos aparece com 12 casos em investigação e quatro descartados. Crianças de zero a nove anos também aparecem na lista com quatro casos em investigação e três descartes. Além de 10 casos entre pessoas de 10 a 19 anos, com cinco descartes. Entre o público de 40 a 49, são investigados sete casos e outros sete já foram descartados. A população de 50 a 59 anos tem cinco casos aguardando o diagnóstico, com outros três já descartados.
A maioria dos casos em investigação são de pessoas do sexo masculino, com 31 suspeitas e 24 descartes. Entre o sexo feminino, estão em investigação 20 casos, além de constar 13 descartes e uma confirmação.
O quadro de saúde dos pacientes não foi informado pela SES. A pasta indica que os pacientes que apresentem sintomas busquem atendimento primário em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA), onde serão orientados sobre os cuidados para evitar a transmissão, os cuidados e haverá o recolhimento das amostras para o diagnóstico. Após a notificação, os casos suspeitos e confirmados devem manter-se em isolamento domiciliar com acompanhamento das vigilâncias epidemiológicas municipais.
A Varíola dos Macacos é uma doença viral transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada, seja por gotículas, contato físico com as lesões na pele ou com o vírus instalado em alguma superfície, como toalhas e outros objetos compartilhados. Os sintomas comuns são lesões na pele, febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
Por Ana Flávia Nóbrega
Transcrito do jornal A União