Paraibanos querem saber do desembargador Ricardo Vital quem integra as forças policiais submetidas ao perigoso Coriolano Coutinho
A Paraíba não para de se estarrecer com as revelações surgidas dos monturos da Operação Calvário onde as intricadas relações entre os poderes apontam para uma promiscuidade jamais vista nem mesmo nos ambientes mais sórdidos dessa sórdida república.
De deputados a conselheiros e também mulheres de conselheiros todos desempenham seu papel nefasto nessa ópera de horrores que a Operação Calvário vem entoando aos quaro cantos.
Já não há mais dúvida quanto ao envolvimento e participação de autoridades, as mais graduadas, tidas como as mais reputadas pelos relevantes cargos que ocupam hoje flagradas em tenebrosas e horripilantes transações, onde a rapina aos cofres públicos tornou-se coisa trivial e corriqueira.
Mas, o que já podia ser o limite desse mar de acintes e despudor pleno parece ainda ter muita coisa a revelar haja vista as zonas de escuridão ainda prevalecendo no ambiente degenerado que o caráter aberrante do mentor desse mundo sombrio concebeu enquanto esteve no poder.
De todas as revelações constatadas a que ainda não foi devidamente apurada nem desvendada revelando-se, talvez, o último círculo desse inferno socialista incluiria aquelas forças policiais apontadas genericamente pelo desembargador relator do processo, Ricardo Vital; elas que teriam dado força e suporte para que esse poder avassalador se instalasse na Paraíba.
Diante do borbotão de revelações, que surge e inunda o dia a dia da perplexa sociedade paraibana, esses círculos tenebrosos – provavelmente os mais tenebrosos e ainda não devassados – continuam embutidos em sombras e resguardados pela imprecisão do que foi relatado pelo desembargador estranhamente econômico em denominar e nominar essas forças, apontadas por ele como subalternas ao segundo em poder e mando na organização criminosa, Coriolano Coutinho, irmão e braço direito do ex-governador Ricardo Coutinho.
Até o presente momento não se sabe quem seria e onde estariam essas forças policiais à disposição e subordinadas ao reconhecidamente perigoso Coriolano Coutinho, cuja periculosidade enfatizada, realçada e ressaltada pelo desembargador relator.
Mesmo comandando forças policiais e sendo reconhecidamente perigoso (Coriolano) ao ponto de apavorar os integrantes da quadrilha, o desembargador não citou nem apontou quem comandaria essas forças subordinadas ao braço direito do Poderoso Chefão, deixando em suspense a sociedade paraibana quanto aos nomes dos supostos comandantes desse exército sinistro, submetido ao mais violento e temido integrante da organização criminosa concebida pelo gênio infernal do ex-governador.
E essa indagação percorre o estado: quem estaria comandando essas forças policiais, submetidas ao capo da Orcrim girassol. Quem seriam os tentáculos dessa organização que espiona, chantageia, ameaça e aterroriza tanta gente entre elas, autoridades dos mais elevados escalões.
A ponta do novelo já foi encontrada na delação de Leandro Azevedo quando citou o coronel falecido Fenando Chaves – Chefe da Casa Militar do Governo – como agente ativo da organização ao ponto de escoltar dinheiro de propina e de disponibilizar recintos oficiais para acolher o dinheiro arrecado fora do estado.
Afora isso, mais nada e as investigações, que deviam ter se aprofundado para identificar essas forças policiais, estancaram no cadáver do coronel e nem mesmo o vigilante e rigoroso desembargador se deu aos cuidados de mandar enveredar pelos caminhos da caserna para afastar essas sombras e suspeitas que pairam sobre os quarteis, comprometendo a reputação dos seus comandantes, porque é razoável pensar que forças policiais tenham referências com instituições militares a serviço do Governo.
Cabe então ao desembargador incensado diariamente como o homem que está debelando a corrupção na Paraíba, numa versão menor de Sérgio Moro, dar nomes aos bois, ou pelo menos determinar que as investigações se aprofundem para desfazer essas dúvidas e suspeitas que atormentam o senso comum.
Com a palavra o desembargador Ricardo Vital para arrancar o manto que reveste essas forças tão sinistras e identificadas apenas como “forças policiais” supostamente acobertadas pelo Comando Geral da Polícia Militar e pela Casa Militar do Governador.